quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

07.08 - ACÇÃO SOCIAL

desafios em rede

O trabalho voluntário, pode ser definido como uma actividade não remunerada, não lucrativa, não integrada num sistema de carreiras, é desenvolvido e sustentado por pessoas que tem por finalidade o bem-estar do seu semelhante, da comunidade ou da sociedade no seu geral. Tem sido e é uma componente essencial ao funcionamento de todas as civilizações e sociedade. Existirão certamente muitas formas de criar uma rede de voluntários, no nosso concelho, mas criar uma rede local de voluntariado é, sem dúvida, um dos desafios que hoje se colocam, numa altura de grandes diferenças sociais e de dificuldades reais. Sabemos que não se pode trabalhar em grupo, com alguma eficiência, sem normas orientadoras. Poderíamos nascer da criação de associações populares, dependentes do poder local, mas o mais importante é que os projectos sejam baseados nas necessidades reais da comunidade, dos interesses dos organizadores ou dos próprios voluntários, sempre orientados para o grupo. O serviço de voluntários é um poderoso meio para promover o desenvolvimento da juventude na partilha de valores, de cidadania e de ajuda ao próximo. É sempre bom poder dar a quem pouco tem. Para os jovens á uma oportunidade de maturação pessoal, social e intelectual. Para a comunidade produtiva, a forma de partilhar e ajudar o próximo não será mais do que regressar as origens: ajudar. Ao preocuparmo-nos com a sorte dos outros, ao mobilizarmo-nos por causas de interesse social e comunitário, estabelecemos laços de solidariedade e confiança mútua, que nos protegem em tempos de crise. O bom funcionamento e a eficácia dos grupos dependem tanto da cooperação como da responsabilidade individual, assumida por cada um. A pessoa voluntária deve reflectir sobre a importância de participar na construção de um mundo mais justo. As pessoas têm que querer colocar os seus talentos à disposição da humanidade e da sua comunidade. Outro aspecto fundamental é a qualificação do voluntário para a função que vai exercer. O número de voluntários é uma condicionante à capacidade interventiva da organização mas, com uma base de dados que combine disponibilidades e necessidades pode-se, numa gestão equilibrada de pessoas e bens, evoluir sustentadamente.


Para início de intervenção, aproveitando todas as sinergias dos nossos jovens universitários, desempregados, propunha os seguintes âmbitos de actuação: Educação, tempos livres e eventos, acção social, cultura e animação, meio ambiente, saúde e actividades cívicas. As oportunidades de trabalho voluntário são divulgadas entre o público interno, por meio da internet, placares, orgãos de comunicação social e outros instrumentos de comunicação, permitindo que os interessados se inscrevam e participem. Esta plataforma poderá e deverá premiar trabalhos dos nossos jovens estudantes. E porque não estabelecer um prémio para a escola ou grupo de jovens da nossa comunidade, que desenvolva o melhor projecto comunitário de voluntariado. As campanhas de captação de recursos e de divulgação do projecto, permitem combinar o Serviço Comunitário com a mobilização de meios para o desenvolvimento local. A ideia é simples: quem tem tempo, para partilhar, conhecimentos técnicos para ajudar e boa vontade pode estar numa rede que satisfaça quem necessita. Assim proponho a realização do Dia do Voluntário na nossa comunidade. Por exemplo, a limpeza de um pedaço do rio ou de outra coisa qualquer, pode ser um bom exemplo para juntar voluntários, criar um jardim comunitário onde todo o bairro ou aldeia possa colaborar plantando árvores e flores e desfrutar dele, estabelecer um sistema de reciclagem em casa e participar ou organizar campanhas de rua, organizar uma campanha para que as pessoas usem menos os carros e mais as bicicletas. No fundo trata-se de devolver á comunidade espaços que já foram seus que o tempo tem destruído. Mas se estas causas podem sensibilizar mais os jovens, podemos realizar outras para outros segmentos da população, como: Campanhas tipo Inverno Solidário, com recolha de roupas e de gasalhos, Natal Solidário, com arrecadação de alimentos, apoio a situações de emergência, recolha de roupas, colchões e outros para famílias desabrigadas, Mercado Solidário, com venda em mercado aberto de produtos oferecidos, de boa qualidade, com animação à mistura para cimentar clientela, campanha do Dia das Crianças e outras. Das acções permanentes destacaria: A criação de uma BRIGADA AMIGA, móvel, em carro oficina, financiada ou da responsabilidade da Câmara Municipal de Poto de Mós, que poderia prestar de forma gratuita quase todos os serviços, tais como, fazer pequenas reparações de qualquer género, cozinhar e/ou servir alimentação a quem necessita, adoptar um/uma avô/avó amigo/a, visitar um lar ou centro de dia, ajudar na manutenção animação e no melhoramento das condições do lar ou centro de dia, levar ou adminstrar medicamentos, ajudar nas compras do supermercado uma pessoa idosa, debilitada ou acamada, realizar um passeio com um idoso na nossa terra... Faz aqui todo o sentido criar um circuito rodoviário gratuito, ROTA dos 3x20, em percursos previamente marcados que permita aos menos jovens um leque de desafios capazes de os manter activamente vivos ou até rejuvenescidos. Das atitudes, salienta-se a disponibilidade que há-de potenciar o entusiasmo momentâneo e a alegria da missão cumprida. Acima de tudo, o voluntário será sempre alguém dotado de formação humana, afectiva e espiritual, mais disposto a dar do que a receber, capaz de estabelecer relações profundas com os outros. Em contrapartida o voluntário poderia ter direito a receber, o cartão municipal, com descontos nos espaços municipais. A organização de voluntários teria de toda a vantagem na integração dos serviços de protecção civil. Não nos podemos esquecer que o trabalho em equipa rende muito mais e multiplica o seu efeito. Criando-se um sistema em rede reduzimos custos, aumentamos recursos e multiplicamos eficácia. Unidos seremos sempre muito mais fortes.

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