quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

05.01 - EDUCAÇÃO

concentração escolar

Sou um convicto defensor da concentração escolar e da construção planeada de centros educativos de referência, que proporcionem os recursos em falta nas escolas de pequena dimensão e mesmo em algumas maiores. Se reforçarmos dizendo que estamos a falar de uma poupança de recursos materiais, físicos e, principalmente, humanos, percebemos que acontecerá uma resistência forte. Mas o grande mérito desta transformação é o ganho pedagógico e a fantástica oportunidade das crianças dos lugares mais pequenos e meios mais periféricos terem acesso às estruturas fundamentais nas escolas do século vinte e um, a biblioteca, o espaço internet, o pavilhão desportivo, o refeitório, bancos de ensaio. A criação de um Passaporte do Estudante poderia ajudar na disponibilização de espaços académicos e culturais e no incentivo e controlo na sua utilização, no conforto cientifico académico das entidades a envolver, que serão muitas. A organização dos próprios agrupamentos de escolas sofrerá um forte incentivo facilitador e esta transformação só pode acrescentar qualidade ao ensino. Os investimentos efectuados entre 2001 e 2009 em muitas escolas, do meu ponto de vista, não serão perdidos. As escolas são património municipal e todos já percebemos que aqueles espaços servirão, futuramente, outros fins de relevo, entre os quais se destacam os das colectividades ou entidades interessadas em estudar ou promover a marca Porto de Mós. Significa isto que se encontrarão, ali, espaços melhorados, em boas condições e, por isso, sem encargos de vulto para os novos utilizadores. Esperam-se projectos úteis e novidades no movimento associativo do concelho, na promoção ou na investigação, em que esta "revolução" possa significar uma realidade inteiramente nova. Mas, do ponto de vista educativo, devem esperar-se, também, mais alterações. A curto prazo muitas outras escolas encerrarão, a Carta Educativa, numa solução corajosa, assim o exige. A carta educativa lembra-nos, por outro lado, uma realidade sombria na evolução demográfica do município e, em particular, das freguesias a nascente, pelo que será altamente recomendável planear uma serena e útil concentração escolar, dando tempo para a mudança e criando incentivos que a premeie. De resto, uma organização escolar melhorada e uma adequada rede de transportes só podem ser factores de atracção de pessoas. Na minha perspectiva, não faltará muito tempo, também, para que uma vaga de gente comece a encontrar em centros maiores, mais concentrados e calculados, uma localização descansada, natural e bem servida de bens básicos, para morar junto à serra. É interessante perceber como a evolução em caminha o município tem peso na reorganização escolar e é bom entender que essa é a forma correcta de fazer planeamento e, principalmente, planeamento consequente. É bom ver que essa transformação, necessariamente acompanhada de outras medidas, cujo enunciado não cabe neste documento, se pode processar sem grandes clivagens, mas de modo firme.

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