quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

06.18 - CULTURA


uma ideia para a forca

A Forca poderá ter sido um monumento-referência do tal Porto de Mós justiceiro, uma lenda por provar que, em determinada altura da história, até deu jeito. A aplicação da justiça por meios acéfalos, da lei talianesa do olho por olho e do dente por dente, fez jus de dignidade séculos a fio. Urge mudar isto. Daí a intenção de ligar este espaço, talvez lendário, ao cemitério, vestindo-o de um sítio de meditação, com um monumento dedicado a todos os portomosenses mortos, onde se pudesse ler ou até rezar. Esta ligação permitiria desmistificar os cemitérios, despindo-os de lugares lúgubres, fazendo deles sítios intimistas de profundo respeito. Aquele espaço poderia receber a natural e necessária ampliação do cemitério e a construção integrada de uma casa velório, aberta a variadas crenças. O referido monumento poderia ser um mural, onde se iriam inscrevendo todos os nomes dos cidadãos que vão partindo, num memorial a todos os anónimos ou não anónimos, que vão moldando, tantas vezes com raro talento e baixo reconhecimento, a nossa terra.

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