domingo, 18 de janeiro de 2009

12.01 - INDÚSTRIA

parque das ciências

Pretende-se captar entidades ligadas ao sector terciário criativo, juntando massa crítica, para promover o desenvolvimento de produtos com íntima ligação a referências académicas, normalmente existentes nas universidades. Para cativar as universidades, inventores e cientistas, seria fornecido o espaço de ensaios, um equipamento hoteleiro comparticipado e um cantina de baixos custos, aliado a bolsas de bom desempenho. Para aliciar investidores a autarquia libertaria uma pacote de incentivos à fixação, através de um conjunto de instrumentos fiscais apetecíveis. Este parque tecnológico, ECOMÓS, poderia criar mais de um milhar de postos de trabalho, altamente qualificados, no espaço de dez anos.

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12.02 - INDÚSTRIA

parque das ciências ecomós

Propõe-se a criação de um parque de ensaio de novas tecnologias, em parceria com várias universidades nacionais e estrangeiras, oferecendo alojamento e espaço físico para ensaios e testes.
Aqui cabem todos os projectos da área científica e tecnológica de ponta. Não conheço qualquer iniciativa desta natureza em que possa haver maior projecção municipal e, por aquilo que pude perspectivar, não tenho dúvidas que estamos perante uma ideia que vai ter uma importância decisiva no futuro da região e do país, mas é fundamental encontrar parceiros que nos ajudem a tirar partido desse potencial económico. Esperamos que as entidades competentes não neguem o apoio ao desenrolar deste processo. O EcoMós seria um centro de inovação em novas tecnologias, que poderia dispor de laboratórios, bancos de ensaio de modelos reduzidos ou de escala natural, fortemente monotorizados. Faria uma função de interface entre centros de saber, de instituições nacionais e internacionais, e o tecido empresarial da região. Simultaneamente, poderia constituir uma unidade âncora na atracção de empresas para este parque, que podia bem ser o banco de ensaio das ecotecologias nacionais. O EcoMós não seria só um espaço diferente, mas sobretudo um espaço importante em termos científicos nacionais, em que algumas das suas investigações e experiências poderiam ser pioneiras em todo o mundo.

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12.03 - INDÚSTRIA

uma ideia para a unidade central

Um prometedor objectivo do concelho de Porto de Mós seria articular esse investimento industrial com a criação de condições susceptíveis de estimular a fixação de quadros técnicos superiores, desígnio que está na base deste Parque Tecnológico e Natural. O EcoMós Parque de Ciências seria um pólo de dinamização empresarial concebido para albergar empresas de acentuada base tecnológica e manifesta vertente ecológica, a partir das quais se pretendia fazer entrar o concelho num ciclo de desenvolvimento ajustado aos desafios que o novo mundo já está a colocar.
Foi neste enquadramento que nasceu a ideia EcoMós Parque das Ciências
O EcoMós Parque de Ciências seria o primeiro parque de ensaio de novas tecnologias com forte carga ambiental em Portugal, cujo objectivo é patrocinar, desenvolver e aplicar o conhecimento avançado na área das ciências da vida e do ambiente, apoiando iniciativas empresariais de elevado potencial.
O EcoMós iria disponibilizar um centro de investigação e desenvolvimento de novas tecnologias, em bancos de ensaio, com um quadro móvel de investigadores, alicerçados na forte tradição científica dos centros de investigação de excelência das universidades.
A concentração de experiências e de tecnologias relacionadas pode trazer excelência de desempenhos e progressos em escala, com a gestão integrada de toda a actividade industrial e criativa do concelho de Porto de Mós.

13.01 - COMÉRCIO

pequenos produtores

Os pequenos produtores e os produtores tradicionais estão a ser alvo de uma série de medidas legislativas - despachos, circulares e relatórios - nos últimos tempos para proteger os produtos artesanais. Uma das medidas simplifica e facilita as condições de higiene em que os pequenos produtores alimentares podem abastecer directamente o consumidor final. As instalações artesanais foram dispensadas de licenciamento e as matanças são facilitadas. Uma portaria conjunta dos ministérios da Agricultura e Economia, datada de 29 de Julho, que facilita e simplifica as condições de higiene em que os pequenos produtores alimentares podem abastecer directamente o consumidor final, restaurantes ou outros estabelecimentos comerciais em pequenas quantidades.Naquela portaria fixa-se, nomeadamente o que se entende por pequenas quantidades por produto, sendo que, por exemplo, para os ovos, a referência é estimada num máximo de 350 ovos por semana, a quantidade máxima considerada para o mel é de 500 quilos anuais. A Direcção-Geral de Veterinária passou a permitir a matança de suínos, ovinos e caprinos fora dos matadouros desde Junho de 2008. A especialista Ana Soeiro, engenheira agrónoma e antiga funcionária do Ministério da Agricultura, anunciou que as autarquias e pequenos produtores estão a criar uma associação para proteger os mais de 700 produtos tradicionais portugueses que correm "risco de desaparecer" devido à legislação em vigor. A especialista lamentou o facto de Portugal ser "o único país da Europa que não aproveitou as derrogações permitidas pelos regulamentos comunitários", que assegurariam a sua continuação. Estes e outros limites permitem um natural crescimento e a salvaguarda plena dos nossos pequenos produtores, num vasto e apetitoso caminho a percorrer. Neste contexto era bom certificar o queijo, o leite, o mel, as sopas, as várias morcelas e os torresmos e, criar de equipas de certificação e de controlo da qualidade inter-municipais.

13.02 - COMÉRCIO

produtos

Para escoar e promover os produtos tradicionais vindos das pequenas explorações agrícolas artesanais, o município apadrinharia uma feira semanal, nas vilas do concelho, para comercialização exclusiva destes produtos, cuja qualidade seria controlada gratuitamente por técnicos municipais, para tal qualificados. Estou certo que seria um mercado com mercado, dada a grande preferência que a maior parte dos consumidores tem por este tipo de oferta.

13.03 - COMÉRCIO


feiras do futuro e da moda

José Carlos Vinagre há muito que apregoa uma Feira do Futuro em Porto de Mós. Apesar dos conflitos que pode levantar à evolução da investigação, de qualquer produto, a sua apresentação prematura, antes de salvaguardada a patente do criador, não deixa de haver muita gente a navegar na génese dos sonhos e, por isso, apresentáveis a público. Os grandes sonhadores, tais como Da Vinci, sonharam coisas só realizadas bons séculos depois.
Parece-me, assim, uma ideia fantástica e absolutamente inovadora poder, num espaço simultaneamente aberto e fechado, proporcionar aos inúmeros criadores, dos cientistas conceituados aos utópicos, passando pelos criativos fantasistas, uma mostra de ditas loucuras que bem se podem vir a materializar num futuro próximo. Uma inovação que aplaudo com ambas as mãos e que trago a este trabalho, com a devida permissão do autor desta fantástica ideia.

Por outro lado, pouco relacionado com o anterior. mas também projectivo do bom nome de Porto de Mós, acredito que o nosso castelo é um espaço absolutamente magnífico para espectáculos de qualidade, em condições de ar livre. Para chegar ao público mais cor-de-rosa seria muito bom a criação de um desfile anual de moda, uma Feira de Charme, com um conceituado estilista português, de renome internacional, envolvendo o comércio local do ramo. Fortemente mediático, este certame poria Porto de Mós nas bocas do mundo.


Ainda para Porto de Mós ainda mais no centro do universo poder-se-ía apoiar a criação de um mercado mundial, de raiz nacional, que abarcasse uma série de marcas de luxo. Por exemplo: apoiar uma estrutura empresarial, capaz de criar um sítio cibernético, capaz de permitir aos utilizadores comprar artigos de luxo, roupa e acessórios, de uma multiplicidade de lojas com marca credenciada e acreditada em todo o mundo, associando a comunidade académica e as startup’s criativas na área da moda. Se conseguíssemos colocar todas essas lojas com peças de luxo numa plataforma virtual, daríamos ao consumidor a emotividade de poder viajar no mundo da moda, de forma muito simples, como todas as coisas boas: criando uma ponte entre uma audiência global e lojas de referência de todo o mundo - mais de mil em 112 países – onde um cliente de Lisboa possa comprar, com facilidade, uma peça de roupa ou de calçado, numa loja de Milão, de Singapura, de Londres ou de Los Angeles, e receber a encomenda em sua casa... promovendo, assim, criadores portugueses e portomosenses.

13.04 - COMÉRCIO


urbcom

O GTL, por solicitação da Câmara Municipal de Porto de Mós, lançou as bases do projecto de valorização comercial, integrado no programa URBCOM. O cariz desta iniciativa foi uma forma de criar, promover, dinamizar, ou manter, a vivência dos centros urbanos, para que os mesmos se tornem espaços de verdadeira fruição quotidiana. O Centro Urbano de Porto de Mós tem uma área comercial e de serviços relativamente recente. O seu tratamento é uma forma de o harmonizar com o “todo construído” cerzindo a sua malha com a da área antiga da vila, objecto do Plano de Urbanização, já elaborado e já falado. O sucesso desta iniciativa envolve questões tão diversas como a habitabilidade, a requalificação de espaços públicos, a segurança, a convivialidade nos centros urbanos, a participação activa dos sectores público, privado e voluntário que possa permitir com êxito a coexistência das funções tradicionais, comercial e de serviços, residencial e de lazer, dos centros e a integração de outras funções, turismo por exemplo, sem criar rupturas nas funções tradicionais. O nível de sucesso depende do envolvimento, que se pretende frutuoso, entre a população, os comerciantes e as entidades locais envolvidas. Foi concluída, a primeira fase de qualificação dos projectos de urbanismo comercial, regulamentada segundo o despacho nº 5294/2002 de 9 de Março. O aparecimento de um novo “pacote” de fundos de financiamento europeus para a modernização comercial e para a requalificação das áreas comerciais urbanas, possibilita a realização de acções integradas de gestão dos centros urbanos, uma vez que permitirá alicerçar novas intervenções. Com uma candidatura aprovada de mais de seis milhões de euros, Porto de Mós poderia vencer, como o já fizeram Leiria e Portalegre, por simples exemplo.

14.01 - SERVIÇOS

a qualidade

A qualidade descreve o grau de excelência ou superioridade de produtos ou serviços de uma organização, segundo Boone. Esta simplista noção que para além de ser relativa é, também, muito abrangente, está relacionada quer com as características tangíveis dos produtos ou serviços, como as que se referem aos aspectos físicos do produto, quer com as intangíveis, como por exemplo a satisfação do cliente.A gestão da qualidade tem sido assumida, nos nossos dias, como uma arma concorrencial de elevada importância estratégica, que se utiliza para conquistar a satisfação do cliente. Daí que, quando se define a estratégia a utilizar quanto à qualidade dos produtos ou serviços, se apele ao marketing estratégico, pois este instrumento de gestão tem a capacidade de definir o nível óptimo que é esperado pelo consumidor para cada um dos produtos fabricados ou serviços prestados. O processo de gestão da qualidade é de tal forma importante, que se considera como sendo um elemento crucial para a longevidade de uma instituição.Pesquisas recentes nos E.U.A. efectuadas a diversos líderes revelaram que a qualidade do atendimento do cliente é a meta mais importantes. para o sucesso da instituição. Assim, ao nível interno da instituição, a alta qualidade conduz a uma maior produtividade e à redução de custos. Ao nível externo, melhorias operadas na qualidade, aumentam a satisfação do cliente e reduzem os preços, o que vai contribuir positivamente para uma melhor integração no ambiente onde está inserida.Analisando, mesmo que de forma sumária, o primeiro princípio da ISO 9000, Gestão pela Qualidade, totalmente centrada no cliente, desde logo se infere que, quando uma instituição tem o cliente preocupado, existem grandes possibilidades de responder de uma forma mais flexível e rápida às oportunidades da satisfação. Contudo, este compromisso tem que ser abrangente a todos os colaboradores da organização, incluindo, naturalmente, os seus dirigentes. Devido à sua extrema importância, aconselha-se a existência de auditorias periódicas para detectar falhas na filosofia, metas, tácticas, práticas e resultados no interior da organização. A informação resultante deste processo será, com certeza, muito eficaz, pelo que vai contribuir para avaliar as estratégias que têm sido seguidas pela organização e alterar as que têm gerado resultados menos eficazes.Através do benchmarking, processo pelo qual a organização se pode comparar qualitativamente a outras líderes congéneres, tendo em vista recolher informações que contribuam para medir e melhorar o seu desempenho, a instituição pode atingir um desempenho superior, o que irá originar uma vantagem para a organização e, consequentemente, maiores níveis de conforto.A qualidade total é, actualmente, e tudo indica que o será cada vez mais no futuro, uma das variáveis indispensáveis a ter em conta em qualquer actividade organizacional.
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14.02 - SERVIÇOS

qualificar

Um compromisso que ajuda a vencerÉ imperioso obter a bandeira da qualidade, certificando a autarquia no referencial ISO 9001:2000, atribuída a todos os serviços administrativos. Quando os clientes adquirem os produtos ou serviços, querem ter garantias visíveis de que a sua organização é capaz de responder às suas exigências de qualidade, agora e futuramente. Assumir um compromisso com a Qualidade é uma atitude vencedora: a organização torna-se mais competitiva e orientada para a melhoria contínua dos serviços e para a satisfação das exigências dos consumidores, sempre em mutação. Todos os departamentos são envolvidos, ao mesmo tempo que a Qualidade se torna um pré-requisito para qualquer projecto a desenvolver. A Qualidade é um factor essencial numa relação duradoura, bem sucedida, da organização com os seus clientes. Neste sentido, é necessário apoiar medidas de certificação de qualidade a nível institucional, nacional e europeu, desenvolvendo critérios e metodologias comuns de certificação, com base no princípio da autonomia institucional.
E porque tudo isto se faz com pessoas e para as pessoas não se deve esquecer nunca a norma OHSAS 18001:2007 - Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho. A exigente legislação determina que as organizações demonstrem um compromisso claro e prático com a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. Clientes e colaboradores querem esta informação antecipadamente, de forma a assegurar que a Organização continuará a satisfazer as suas necessidades a curto e médio prazo. É um desafio, mas também uma oportunidade para as organizações reduzirem riscos e assegurarem um ambiente de trabalho mais seguro.
Deveria obter-se a certificação em Qualidade, Ambiente e Segurança, no âmbito da gestão da construção, exploração e gestão do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e obter também a certificação no referencial ISO 22000:2005, referente aos Sistemas de Gestão de Segurança Alimentar, que permite identificar e prevenir a ocorrência de perigos para a saúde pública, garantindo, em qualquer etapa do processo de tratamento e de distribuição de água, a segurança do produto água. Com a obtenção desta certificação, atribuída pela APCER – Associação Portuguesa de Certificação, de carácter inovador à escala mundial, a gestão das nossas águas comprometer-se-ia a levar a cabo uma gestão pró-activa, exigente e criteriosa, quer na captação e processos de tratamento de água, quer nos sistemas de adução e a garantir que a água fornecida à 13 freguesias do concelho seria um produto de elevado nível de qualidade, de acordo com o estipulado, não só na legislação nacional, como também nas Directivas Europeias e ainda nas orientações da Organização Mundial de Saúde.
Obter a certificação no Sistema de Gestão Ambiental e Energético, referenciais ISO 14001:2004 e ISO 27001:2005. O consenso internacional reunido em torno destas normas prestigia a reputação de qualquer organização, no cumprimento da legislação ambiental. Demonstrar um real compromisso com o meio ambiente pode transformar os valores deste município.

14.03 - SERVIÇOS

pela cidadania

Um ano civil tem 26 quinzenas, periodicidade usual das reuniões do executivo camarário, e é normal uma vez por mês haver uma reunião camarária, uma das duas, aberta ao público. Com um pequeno acerto seria aconselhável e desejável uma reunião em cada uma das freguesias por ano, num total de 13. Contas feitas haveria reunião sim, reunião não no edifício dos Paços do Concelho, sendo a outra numa das freguesias, percorrendo todas elas em cada ano civil. Estas últimas seriam públicas com parte da atenção destinada a visitar, abordar, ouvir e discutir questões relacionadas com a freguesia anfitriã.

15.01 - TURISMO

uma ideia de turismo

O turismo, que se considera ser a quarta maior indústria do mundo, com um crescimento de nove por cento ao ano, deveria ser o sector escolhido por nós para apostar na economia do concelho. Contudo, para ser eficaz, é necessário que se encontrem formas de destacar o turismo local e de o diferenciar como marca, valorizando o que tem de melhor e que lhe é próprio, recorrendo, para tal, a imagens sofisticadas que permitissem ao indivíduo remetê-lo para algo simbólico, que possa perdurar no seu imaginário.A criação da identidade positiva de um local pode funcionar ainda como um catalisador da sua própria mudança, contribuindo desta forma para que se assuma como uma marca. Gerir a marca de um local implica a existência de competências variadas que têm que ser trabalhadas em conjunto, ao nível da política, da técnica e da gestão. Assim, um plano que contenha a marca de um local deve ser pensado e executado em conjunto com entidades públicas e privadas, como sejam, por exemplo, as empresas, organizações ligadas às artes, à educação, ao desporto ou aos media. É esta diversidade de participantes, constituída por pessoas com interesses e experiências tão diferentes, que vai contribuir para que se desenvolva entre eles uma abrangência de pontos de vista e, ao mesmo tempo, um sentimento de pertença e de orgulho à volta do interesse comum. O sucesso da criação da marca de um local está directamente ligado com identidades que não são inventadas, mas com as que se baseiam num estado de espírito e em factos que, na realidade, estão a acontecer. É, portanto, a própria identidade do local que condensa todas essas realidades, havendo depois lugar à promoção do local, através de uma multiplicidade de mensagens e não de um conjunto de eventos isolados.O grupo de trabalho que se deve constituir deve identificar-se, por isso, quer com a população a que pertence, quer com os públicos-alvo a que pretende dirigir-se. Deve desenvolver também consultas com os fazedores de opinião, os chamados opinion makers, a fim de identificar os pontos fracos e fortes do local, comparando-os depois com estudos de opinião internos e externos realizados. Após o desenvolvimento destas acções, surge a ideia-chave, isto é, o eixo sobre o qual se irá basear a marca, que deverá ser de tal forma credível, que as pessoas se sintam identificados com ele. O grupo de trabalho deve possuir capacidade suficiente para procurar influenciar as pessoas que, por sua vez, já exercem influência nos locais, tendo em conta que são estas pessoas que vão exercer influências noutras a formarem opiniões. Ao mesmo tempo, o grupo deve estabelecer elos de ligação entre as diversas organizações, privilegiando o marketing relacional que tem como mais-valia a fidelização.É relevante realçar que a criação de marcas locais têm todas por objectivo factos que se querem simples e diferenciadores, pelo que assumem um lado visionário e aspiracional, devendo socorrer-se quase sempre do emocional e do simbólico. Estes aspectos, devido ao seu carácter subjectivo, aplicam-se a várias situações e públicos.Importa salientar que o marketing tem também a capacidade de influenciar o mercado. Admitido que a marca é um suporte do negócio, conclui-se que ela possui também a capacidade para influenciar as trocas ocorridas entre o produtor e o consumidor, ao mesmo tempo que gera lucros, visibilidade e notoriedade. Em suma, gera valor.

15.02 - TURISMO

ecoturismo

Como o próprio nome indica, o Ecoturismo alia as componentes ecológica, ambiental e turística. Os princípios que tornam este tipo de actividade única, têm sido largamente divulgados e debatidos, no entanto, o Ecoturismo é frequentemente confundido com outras expressões como “turismo rural”, “turismo de aventura” ou “turismo desportivo” com os quais, apesar de relacionado, assume significativas diferenças. Também designado de turismo alternativo, turismo verde, turismo ecológico ou turismo de natureza, o Ecoturismo visa integrar a experiência turística com a protecção e conservação dos recursos naturais e construídos, a valorização económica e a participação da população local, constituindo um meio privilegiado para a sustentabilidade local. Esta nova atitude, sustentável, vem contrariar o turismo tradicional como bem de consumo de massas no qual, além de raras vezes se considerar devidamente o factor ambiente e ecológico, os benefícios para as populações locais são escassos e os turistas recebem uma visão estereotipada e muito frequentemente, distante da realidade. O termo Ecoturismo surge associado a uma filosofia de desenvolvimento equilibrado de forma a utilizar o potencial turístico do local para gerar riqueza, a par da manutenção e valorização das qualidades ambientais da região. Considero quatro aspectos fundamentais que, pela sua articulação, revelam o Ecoturismo como sinónimo de sustentabilidade. São eles: a protecção dos recursos naturais, a valorização económica, a participação da população local e o turismo como uma ferramenta de conservação.As valias económicas do Ecoturismo só poderão ser efectivamente contabilizadas se incluírem efeitos positivos na população local e no espaço natural, ao nível de emprego, crescimento económico, estímulo para outros negócios e oportunidades, diversificação da actividade económica, aproveitamento de terrenos já saturados ou abandonados, e o benefício nos aglomerados ao nível das infraestruturas básicas. Um outro aspecto importante desta vertente turística é a relação entre a população local e todos os intervenientes externos, turistas, proprietários de empreendimentos ou fornecedores. Os conhecimentos que a população tem do ecossistema local e a sua interdependência, garantem, à partida, aos habitantes locais uma posição de destaque nesta actividade. Reconhecidamente Porto de Mós, concelho de indiscutíveis valores naturais e notável biodiversidade, revela manifestas potencialidades nesta interessante e emergente actividade turística. Será que todos nós, autarquias, regiões de turismo, associações locais e o sector privado local, seremos capazes de ignorar esta oportunidade?

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15.03 - TURISMO

rotas e destinos

Como na generalidade das actividades económicas, o turismo com graves problemas, resultantes da massificação, tem nos princípios da sustentabilidade surgem como a grande alternativa. A preferência actual recai nas formas de desenvolvimento turístico que mantenham no seu planeamento a integridade social e económica das populações, o respeito pelo património natural, construído e cultural. O objectivo é, por isso, promover a criação de produtos turísticos finais como a melhor forma de garantir a sua sustentabilidade. A Organização Mundial do Turismo, estima para 2010, na Europa, quase meio bilião de turistas. Apesar de ter perdido algum peso, a Europa ainda continua a ser a região líder do turismo mundial. Quantos destes conseguiremos fazer passar por Porto de Mós? Nenhuma outra actividade consegue ser tão transversal e conciliar tão eficazmente as estratégias globais com as de pequena escala ou locais. Sem dúvida que o turismo é a actividade económica que tem maior capacidade multiplicadora na nossa economia local. Considerado um factor de desenvolvimento, sobretudo para países ou regiões, como os nossos, onde o tecido económico e produtivo é pouco competitivo, é um sector - chave para o desenvolvimento. Por outro lado a sazonalidade perdeu espaço para as férias frequentes e especializadas, durante todo o ano, numa atitude de exigência, qualidade e consciência ambiental, contrariando a dependência face aos operadores exteriores que impõem as suas regras e cujas políticas comerciais agressivas raramente vão ao encontro das necessidades económicas e conservacionistas da comunidade local. As exigências dos mercados e dos consumidores destes produtos e serviços tornam premente a necessidade de gerir e desenvolver métodos de apreciação da qualidade, ambiente e segurança, numa perspectiva de sustentabilidade do produto turístico, pelo que será cada vez mais necessária a certificação ambiental dos novos destinos turísticos, que passa também por adequar, ambientalmente, a actividade turística de uma forma economicamente viável e socialmente justa, onde a ligação preferencial ao Geocaching - The Official Global GPS Cache poderia trazer subidas vantagens, na exploração de uma actividade desportiva em crescendo, com potencialidades turísticas. Esta nova e tecnológicamente avançada caça ao tesouro pode mostrar os nossos verdadeiros tesouros, com proveitos conhecidos, uma vez que já temos quase tudo georeferenciado. A necessária certificação confere longevidade ao destino turístico, garante a sua preservação e a qualidade e a manutenção dos seus atractivos, promove a sustentabilidade da actividade no aumento da competitividade de destinos turísticos-produtos, ambientalmente adequados. Com tantas potencialidades e com tanto por fazer, porque esperamos?

15.04 - TURISMO

rotas turísticas

O nosso património, permitiria a criação de várias rotas, para públicos segmentados, das quais destacaria quatro, no âmbito da carta turística:
Rota do Património - NO VENTRE DA HISTÓRIA - Constituida pelo Castelo, Estrada Romana, Cento de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, Arco da Memória, Igrejas...
Rota da Natureza - NO CORAÇÃO DA TERRA - Com as grutas, Espeleologia, Lapiaz...
Rota dos Tempos - NO FUNDO DO TEMPO - Com os lugares arqueológicos...
Rota dos Ares - NAS VELAS DO VENTO - Com os moinhos de vento, paisagens naturais, fauna e flora...

15.05 - TURISMO

eco aldeias

As aldeias de Casais dos Vales, Pia Carneira e Portela Vale de Espinho, e talvez outras, ainda não objecto de estudo, têm capacidade e potencialidades para se converterem em Eco Aldeias. A sua traça ainda está pouco adulterada e todas têm um conjunto de edificações notáveis para este fim, pilares de uma novíssima e muito procurada oferta turística. A qualidade garante o seu sucesso. O exemplo, não completamente conseguido mas de bom êxito, da Pia do Urso, na foto, pode ensinar-nos a copiar as virtudes e a evitar os erros. Todas estas aldeias trabalharia em rede.

15.06 - TURISMO

carta turística

A Carta Turística do concelho de Porto de Mós é um instrumento, sempre inacabado, mas fundamental para o conhecimento das potencialidades dos sítios turísticos e das matrizes para a sua promoção. Embora as fichas de cada um dos seus produtos não esteja completamente eleboradas, não deixam de ser uma ferramenta importante para abraçar e dinamizar a área. Foi feito um primeiro levantamento, o mais exaustivo possível, dos lugares capazes de receber o interesse de entidades ligadas ao sector. Está disponível na CMPM, elaborada nos mandato de 2001-2005, e já georeferenciada.

16.01 - DESPORTO

sempre em movimento

Porto de Mós já tem algum nome no desporto nacional, nomeadamente no de aventura, ligado às bicicletas. É de manter e de revitalizar estes eventos e juntar-lhes outros, variando a oferta e potenciando a marca, como por exemplo, desportos ligados ao vento, de que já houve uma tentativa, pouco acarinhada, no festival dos ventos. São inúmeras as potencialidades deste maciço calcário. Faz todo o sentido aqui avançar para a liderança nacional do desporto aventura, criando em Alvados em CENTRO DE ALTO RENDIMENTO DO DESPORTO AVENTURA LIGADO À NATUREZA.
Aqui caberia um grande evento mundial, a realizar de quatro em quatro anos: FESTIVAL DOS VENTOS. Este evento que promoveria todas as formas de desafiar  o vento, desde o modelismo ao balonismo, passando pelos moinhos de papel e voo livre. Musculado, muito colorido e com dimensão colocaria Porto de Mós no centro dos sonhos.

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16.02 - DESPORTO

carta do pnsac do desporto aventura


Esta carta evidencia, de forma clara, as potencialidades do nosso concelho para o desporto de risco controlado. Radical ou não. este desporto tem cada vez mais simpatizantes e um nicho de mercado ainda por explorar devidamente. Com estruturas leves de apoio pode; porto de Mós, ser um marco na região e no país, pelas suas características e diversidade absolutamente ímpares.

16.03 - DESPORTO


olímpiadas escolares

Uma das formas mais seguras de notabilizar um produto, junto dos adultos, é fazê-lo através dos filhos e netos. Assim Porto de Mós, para aproveitar esta força de comunicação, poderia organizar umas Olimpíadas Escolares, com modalidades, por escalões de formação, a designar. Os universos seriam o ensino obrigatório e o distrito de Leiria e realizar-se-iam de quatro em quatro anos, com prémios de bom valor para as escolas, que se qualificariam dentro dos seus concelhos. Cada concelho apresentaria um naipe de alunos de uma ou várias escolas, que o representariam. Era inevitável a associação de pais e avós a este evento.

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16.04 - DESPORTO

tok'andar

Este programa propõe, de forma permanente, por toda a gente a mexer. Um conjunto de circuitos pedestres aliados a espaços, de ar livre ou não, de cultura física, coordenados por um animador municipal, poderiam manter a boa forma de muita gente, sem grandes encargos financeiros.

17.01 - A MARCA PORTO DE MÓS

a noção de marca

Mas, o que é a marca? Desde logo, não se afigura tarefa fácil defini-la, pois existem várias definições para este conceito. Etimologicamente, a palavra deriva do germânico “marka” e significa “sinal, fronteira”. Em inglês, utiliza-se o termo brand que vem do francês antigo brandon e que significa o ferro para marcar o gado. A marca é utilizada sobretudo pelas disciplinas do direito comercial e da gestão do marketing. O direito comercial define a marca como sendo um sinal. A Organização Mundial de Propriedade Industrial define-a como “um sinal que serve para distinguir os produtos ou serviços de uma entidade dos outros de outras entidades”. Esta definição acentua o significante, sinal distintivo, em detrimento do significado - conteúdo .O marketing, quando surgiu, considerou a definição de marca a partir do direito, mas progressivamente foi evoluindo para um sentido mais global pelo que, se considera actualmente, que a marca exprime a estratégia de marketing que é desenvolvida especificamente em torno do produto. Assim, enquanto que para o direito a marca jurídica é um sinal distintivo de produtos ou serviços, para o marketing, e porque a missão estratégica das marcas foi amplamente consciencializada, é a unidade estruturante que as organizações oferecem aos públicos. Crê-se, portanto, que o conceito da marca é um conceito dinâmico e que tem por base o factor psicológico estabelecido entre o consumidor e a escolha que este faz quando adquire um produto, pelo que, as estratégias continuamente renovadas e permanentemente adaptáveis, são factores importantes a considerar no que concerne à definição de marca.

17.02 - A MARCA PORTO DE MÓS

a marca

Podem os locais ser detentores de uma marca?Podem as marcas criar valor aos locais, tal como as marcas comerciais potenciam valor às empresas?Para tentar responder a esta questão, li a investigação efectuada por Wally Olins sobre a existência de marca em países que, numa análise extrapolativa pode estender-se aos locais. Refere Olins a este propósito o exemplo dos Estados Unidos da América em que a falta de projecção de uma ideia clara e coordenada levou a que, quer dentro, quer fora, o país não tenha transmitido nem explicado o que é na realidade, o que representa e quais os seus valores. Paradoxalmente com o facto de o marketing ter nascido nos Estados Unidos, este país não tem conseguido influenciar positivamente os seus públicos-alvo, pelo que os conceitos que lhe estão ancorados são a democracia, a tecnologia e o fast qualquer coisa. Tais percepções levam a que cada pessoa possa, ao mesmo tempo, exprimir relativamente aquele país sentimentos tão díspares como a admiração, o amor, a crítica e a inveja. Actualmente, com um mundo cada vez mais competitivo e uma nova economia global, os locais sentem necessidade de projectar o seu poder, a sua influência e o seu prestígio de modo a, por um lado, influenciar positivamente a sua imagem e, por outro, adquirirem uma maior auto-estima, capital tão rico para os povos. Assim, cada local deve procurar promover a sua identidade, constituída que é pela sua personalidade, cultura, história e valores próprio, para seja facilmente reconhecida.Urge, pois, e no que respeita a Porto de Mós, alterar estas percepções. Para colmatar os estereótipos nocivos, para se fazer a diferença entre consideração/respeito e desconhecimento/preconceito, tem que se actuar forçosamente em técnicas de promoção, publicidade, exposições e feiras, e constituir uma marca para o concelho. A este propósito já Rita Baptista referia que a comunicação é o ADN das marcas, pois é através de um processo conjunto de actos comunicacionais que se dá a conhecer a identidade única de uma região, que é mais forte quanto mais única e facilmente atribuível. Já Frederico d’ Orey, respondendo à pergunta “se é possível tratar um local como uma marca”, refere que não só é possível, como é desejável e que deve ser um projecto do local, de longo prazo, imprescindível para o envolvimento de todos os cidadãos. Estes devem, em primeiro lugar, rever a sua auto-imagem e saberem como querem ser vistos pelos demais.Tendo em conta que as marcas se alimentam da identidade dos locais e que, os locais também se alimentam das marcas que possuem e, aceitando ainda, que as marcas reforçam os estereótipos, é necessário que exista um redobrado cuidado com os”valores” a comercializar.

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17.03 - A MARCA PORTO DE MÓS

o florescimento da marca

O florescer da marca está directamente relacionado com o nascimento dos mercados de massas e, também, com o desenvolvimento da disciplina de marketing ocorrido nos Estados Unidos na primeira metade do século XX. Em Portugal, surgiu nos anos 50. Só a partir dos anos 80 que se começou a atribuir verdadeiramente importância ao valor da marca, nomeadamente, no que se refere às estratégias a seguir para o longo prazo. Nos últimos anos assistiu-se mesmo a uma verdadeira moda de marcas no seio do marketing. Já em 1994, Kapferer referia que o capital principal de uma empresa era constituído pelas suas marcas. Considera este autor, que a mais-valia considerada foi o goodwill, isto é, algo que é imaterial, invisível, mas com muito valor, e que a mudança ocorrida se deve à tomada de consciência, por parte das entidades, de que a sua força advinha não dos produtos que fabricavam, mas sim da necessidade dos consumidor de adquirir marcas. Portanto, ao contrário de antigamente, em que se considerava que o mais importante era o produto fabricado, hoje é indiscutivelmente a marca.

17.04 - A MARCA PORTO DE MÓS

imagem de marca

Há diferenças muito claras nos conceitos de imagem de marca e de identidade. De uma forma simplista e personalizando estes conceitos, pode afirmar-se que a identidade transmite informação a quem rodeia; a imagem, é algo mais complexo, pois está relacionada com a impressão que se causa. Estes conceitos aplicam-se quer às pessoas, quer às organizações, quer ainda às marcas. Assim, enquanto que a identidade é um conceito que pertence à organização e se relaciona com a emissão, ou seja, explicita a concepção da marca, o seu sentido e o seu projecto. A imagem pertence ao público e relaciona-se com o momento após a emissão, isto é, com a síntese que é feita pelo público de todos os sinais que são emitidos pela marca, tais como, nome, produtos, símbolos visuais, anúncios publicitários, patrocínios ou mecenatos. Tem, pois, um sentido descodificador, interpretador e simbólico para cada um. Lencastre considera a imagem o pilar da recepção, sendo que, este, é múltiplo, na medida em que quando a marca é emitida, é-o para vários públicos, o que vai levar a que cada um deles, cada segmento de público, leia uma imagem diferente. Torna-se importante referir a obsessão que existe, nos nossos dias, em torno da imagem que conduz, inevitavelmente, a que se privilegie o parecer em relação ao ser. Enquanto que a identidade se relaciona com o ser, a imagem está confinada ao parecer. Por este facto éfundamental dar-se primazia à identidade, pois é através dela que permite, na realidade, distinguir as marcas, os concorrentes, as comunicações e, assim, evitar o incrédulo e a rejeição. Neste contexto a imagem de marca de uma região só pode afirmar-se sendo e parecendo. Como a mulher de César, também aqui, não basta ser.

17.05 - A MARCA PORTO DE MÓS

a lógica da marca

A lógica subjacente à criação de marcas deve ser a intenção estratégica da organização, a fim de, no seu interior, criar uma diferença capaz de a distinguir dos demais concorrentes e, assim, obter no mercado um valor acrescentado. Mas nem sempre isto acontece. Frequentemente é dada atenção à actividade de criação da marca, onde intervêm acções de comunicação e de marketing, esquecendo o papel de outras funções que concorrem igualmente para o seu êxito.A criação da marca tem, essencialmente, um carácter de diferenciação da oferta, marcando com o seu cunho o sector onde o produto se insere, transformando assim a categoria do produto. Desta forma, adquirem-se atributos tangíveis e intangíveis, funcionais e hedonistas, visíveis e invisíveis. Com o tempo, atribui ao seu detentor uma exclusividade, protegendo-o e recompensando-o da tomada de risco.A marca é uma memória, manifesta-se em tudo aquilo que contribui para a sua existência e manutenção, como sejam os modelos, os produtos, e as redes a que pertence. Para isso, torna-se necessário que os actos sejam acumulados e sedimentados e não simplesmente justapostos. É o factor memória que explica, em parte, a perenidade das preferências dos indivíduos pelas marcas. Para além de ser memória, a marca determina também o futuro dos produtos, na medida em que lhes atribui significado. É através dela que se traça o futuro e se esculpem as características de novos modelos, pondo em evidência os aspectos que se afiguram mais vantajosos. Daí que haja necessidade de ter uma permanente adaptação da marca, quer no que se refere às necessidades e evoluções do mercado, quer no que se refere à tecnologia. No entanto, há que ter em conta que, se o sentido da marca for fragmentado, existem grandes possibilidades de a marca se perder ou de perder peso.A marca implica que haja exigências internas no funcionamento da organização, neste caso o concelho, sob pena de impedir a sua manutenção e de perder a excelência à volta do seu nome. Assim, tem que haver um continuado empenho nas suas funções na investigação, no desenvolvimento, na produção, na escolha de métodos , na logística, nas finanças e no marketing, tanto a nível interno como externo.
Como grande momento promocional da MARCA PORTO DE MÓS, poder-se-ia criar um grande prémio nacional - UM PRÉMIO GUARDA RIOS, para premiar trabalhos que promovessem o concelho.

18.01 - RELAÇÕES MUNICIPAIS

o distrito

Porto de Mós é um dos 16 concelhos do distrito de Leiria, o último na ordem alfabética e, infelizmente, em tantos outros desempenhos. Colocá-lo nos três primeiros lugares, em quase tudo, é a minha meta para 2025. E isto está ao nosso alcance se mantivermos um projecto aglutinador e se todos puxarem para o mesmo lado.

18.02 - RELAÇÕES MUNICIPAIS

parcerias regionais

Deveria ser preocupação dos executivos camarários criar peso e influência, não dependente, nos organismos inter-municipais a que está ligado, Associação dos Municípios de Leiria - AMLEI, Associação dos Municípios da Alta Estremadura - AMAE e Região Digital, para daí tirar vantagens no aproveitamento de recursos, na conciliação de interesses comuns e na criação de mais-valias, num escrutínio permanente de oportunidades.

18.03 - RELAÇÕES MUNICIPAIS

geminações locais

Seria importante promover as geminações com Nazaré, à volta da figura lendária de D. Fuas Roupinho, recuperando eventos como a procissão do círio, ainda hoje feita em Belém do Pará com milhões de acompanhantes; com Óbidos à volta da Rainha Santa Isabel e em múltiplas parcerias culturais; com Ourém, nas ligações ao IV Conde de Ourém, D. Afonso, num reviver dos tempos áureos dos fins do século XIV e de todo o século XV e com Vila Viçosa, na ligação à Casa de Bragança, com parcerias no espólio documental.

19.01 - RELAÇÕES NACIONAIS

conselho superior consultivo

O Conselho Superior Consultivo poderia ser uma boa arma para influenciar o poder central, onde é vital criar importância e peso. Constituido por pessoas influentes, como atrás foi descrito, é um potencial enorme junto de entidades extra-concelhias que podem ajudar a impor os nossos valores e a fazer valer as nossas necessidades.

20.01 - RELAÇÕES INTERNACIONAIS

geminação amazónica

Esta geminação é inevitável. A ligação ao nome e a honra que é para nós a sua escolha, merece uma ligação estreita àquela região no coração da Amazónia. Um trabalho que se perspectiva com largas vantagens culturais e comerciais, ainda não exploradas. Com as restantes 27 localidades, com nomes gémeos na região do grande rio, e no seio da Associação Luso-Amazónica, podemos criar um vasto campo de geminações e de parcerias várias.

21.01 - EM JEITO DE CONCLUSÃO "marginal"

A verdade é que hoje vivemos numa civilização de especialistas e que é vão todo o empenho de que seja de outro modo. Sob pena de não ser eficiente, o homem das artes, das ciências e das técnicas tem de se especializar, para que domine aqueles segredos de bibliografia ou de prática, e para que obtenha os jeitos e a forte concentração de pensamento que se tornam necessários para que se possa não só manejar o que se herdou mas acrescentar património para as gerações futuras. E, se é certo que por um lado o especialismo favorece aquela preguiça de ser homem que tanto encontramos no mundo, permite ele, por outro lado, aproveitar em tarefas úteis indivíduos que pouco brilhantes seriam no tratamento de conjuntos. O preço, porém, se tem naturalmente de pagar; paga-o o colectivo quando se queixa, e muito justamente, da falta de bons líderes, de homens com uma larga visão de conjunto, que saibam do trabalho de cada um o suficiente para o poderem dirigir e se tenham eles tornado especialistas na difícil arte de não ter especialidade própria senão essa mesma do plano, da previsão e do animar na batalha as tropas que, na maior parte das vezes, mal sabem por que se batem; paga-o o indivíduo quando, no cumprimento de uma missão fundamental para os destinos do mundo, se arrisca a ser político e sofre todos os habituais ataques dos especialistas de um ou outro campo que se não lembram de que o defeito para o político não é o de não ser técnico mas o de não ouvir os técnicos e não lhes dar em troca, a eles, o sentido largamente humano que tantas vezes lhes falta. E, mais grave, paga-o de um modo geral a própria natureza humana, que embora gostosamente embalando a sua preguiça nas delícias do especíalismo, sente ainda, mais fundo e constante, o remorso de o ser.
Ao certo, remorso de quê? Em que trai o homem, sendo especialista, a sua verdadeira missão de homem? Creio que em vários pontos. Um deles seria, por exemplo, no que respeita à fraternidade humana. Impedido pela especialização, pela compartimentação do saber, pelo emprego até de uma linguagem que se torna incompreensível para quem não andar exactamente pelos mesmos caminhos, de estabelecer relações com os outros em plano verdadeiramente elevado, o especialista tende ao ideal de uma civilização em que cada minhoca fosse paciente e forçadamente cavando a sua galeria, e daí em grande parte a sua reacção quase instintiva contra o político; daí a facilidade com que colabora em guerras e, dentro das guerras, em engenhos cada vez mais mortíferos e mais bárbaros, com a desculpa fácil de que a guerra é talvez fatal, talvez da natureza humana, e lhe não compete a ele senão olhar a sua retorta ou apertar o seu parafuso; daí o até agradecer, embora com um certo jeito de quem consente em extravagâncias, que a própria arte, que lhe poderia dar a chave das portas que o fecham, se tenha também tornado uma questão de especialistas. E só vem a ter alguma ideia do que seja fraternidade quando bebe, quando joga, ou quando, numa Humanidade em filas e às escuras, olha no cinema, através da mais simples das artes, homens não especialistas cumprindo, bem ou mal, a sua natureza humana.

22.01 - OPINIÕES

UM DESTINO CULTURAL

Conheci Porto de Mós no princípio da década de oitenta, de lá para cá tenho acompanhado à distância, que a minha actividade obriga. Reconheço a grande capacidade das suas gentes e uma enorme alegria e talento. Penso que a cultura será o futuro e o único caminho dos povos. Todos os locais se devem preparar para uma constante valorização cultural, que aumentará a qualidade de vida. No entanto nada de bom acontece sem sofrimento, como dizia o grande mestre da minha Polónia, Stanislav. É por isso preciso reunir esforços para fazer de Porto de Mós um marco cultural e talvez um dia, quando elevada a cidade, poder ser Capital Europeia da Cultura.

A K

22.02 - OPINIÕES

PÔR PORTO DE MÓS NO MAPA

Para quê? Pensar colocar Porto de Mós no mapa, se essa não for a vontade de todos nós?Sem pressas, mas sem pausas, urge discutir estratégias para que Porto de Mós crie sinergias equilibradas, mas desafiadoras para a sua população e os seus jovens, apostando na qualidade e bem-estar para quem vive na nossa comunidade. Para se definir uma estratégia, primeiro temos que definir uma ideia, só depois um conceito, onde todas as peças se encaixem e façam sentido. Depois sim temos a terra que todos criámos e todos somos responsáveis por manter, onde temos orgulho de viver. Ninguém pode valorizar se não ajudar a construir. Quem não gostaria de viver numa terra que garanta aos seus idosos, às crianças e aos jovens condições para o acesso à prática do desporto e do lazer? Não é uma forma de qualidade de vida e de fixação de novos moradores? A qualidade de vida tem a ver com o nosso tempo de repouso, avaliada não só das condições materiais, dos espaços, dos meios técnicos, dos recursos humanos, das condições higiénicas e sanitárias e dos valores éticos e culturais. Nos recreios escolares, na sua maioria, são espaços vazios, sem equipamentos lúdicos que proporcionem à criança condições para a prática de actividades de lazer. Os parques infantis, se devidamente apetrechados com estruturas lúdicas e adaptados à realidade infantil, são espaços propícios ao desenvolvimento da actividade física e lúdica e desafiantes na descoberta. Talvez o grande erro da sociedade consista em confundir instrução com educação. A acumulação dos conhecimentos não basta. Então, como alcançar o gosto pelos pequenos "segredos da vida", dando mais sentido aos "itinerários" do que "à viagem"? A grande questão consiste em transmitir o gosto por uma vida melhor, gerando situações colectivas para esta arte de viver em sociedade. Estes espaços são fundamentais para a criança descobrir, avaliar e adquirir gestos fundamentais, mas também para interagir com os outros. Esse grande espaço de interactividade, o tal parque da Vila, o tal Jardim do Sol, seriam espaços fundamentais para que todos pudessem desfrutar. Difícil é juntar pessoa. Com bons locais e encontro o viver comunitário ganha mais força.É no tempo livre, mais que no tempo de trabalho ou das obrigações familiares ou sociais, que se abre a melhor oportunidade para a livre descoberta do indivíduo. A criança é um produto de uma interacção entre a família, a escola e o meio em que se insere, desenvolvendo-se apenas se registar uma actuação responsável de todos os intervenientes nesta interacção. O maior objectivo da escola é formar e educar pessoas socialmente adaptadas, que posteriormente possam responder às expectativas da comunidade. Assim é importante começar pela base, valorizando o gosto pelo desporto e pela actividade física. Não um desporto em função dos mais aptos, mas sim com a possibilidade de todos poderem experimentar e elegerem o seu. Quanto maior for a entrada e a fidelização de jovens no desporto, melhores serão os resultados no futuro. A noção de lazer deve relacionar-se com a noção de satisfação: não está em causa se um jovem lê, joga futebol ou vai ao cinema no seu tempo livre, o que é relevante é que o faça de livre vontade, com prazer, e que exista oferta para as suas necessidades. O papel dos municípios, no âmbito da ocupação dos tempos livres, deve valorizar o papel cultural do desporto e do lazer junto da população, diversificar as ofertas desportivas, abrindo socialmente o desporto a todos os segmentos da população.A função das autarquias é insubstituível, na disponibilização de equipamentos e no lançamento de programas. Mas é fundamental a ligação estratégica aos clubes e associações, no apoio directo a programas que desenvolvam junto da comunidade. O património humano de dirigentes, é uma peça fundamental na ideia global que queremos para Porto de Mós, com apoios, não unicamente para o desporto federado, mas para o desporto de lazer. Assim, o desenvolvimento das condições para a ocupação dos tempos livres representa para as autarquias e para o mundo associativo, um desafio cultural. O lazer é um direito fundamental da humanidade. Quanto mais tempo livre, mais as pessoas se encontram, se organizam e reflectem sobre a sua vida. É fundamental o usufruto do tempo livre de uma forma saudável, lúdica e construtiva e o concelho de Porto de Mós necessita de estimular o encontro social. O lazer activo, significa uma escolha livre, uma auto-gestão do tempo, com vista à satisfação pessoal, melhorando a qualidade de vida, nomeadamente o bem-estar físico, mental e social. . Aproveitando os nossos recursos naturais, através da criação de circuitos, pedestres ou de btt interligados, de forma a criar uma rede de recreio global, potencia o tempo de utilização e de valorização do património. "O homem sonha e o mundo pula e avança". Por isso temos que responder se queremos ficar no mapa, se queremos que nos descubram, se queremos um turismo de massas ou queremos um turismo equilibrado, que gere riqueza, um turismo activo, que assente na dinâmica que construímos desde a sua base.Falar de desporto, é falar de potencial turístico e atendendo às nossas características naturais penso que o eco-turismo era aposta de futuro. O eco-turismo é um segmento de mercado do turismo. Distingue-se das restantes formas de turismo sustentável por agrupar um conjunto de princípios que visam a preservação dos recursos naturais, a promoção do desenvolvimento sócio-económico das comunidades locais e a sensibilização do visitante para as questões da área visitada. Surge assim como um meio para financiar a conservação, para beneficiar directamente as comunidades locais e para satisfazer e educar o turista, promovendo o respeito pelas diferentes culturas, ou seja apostar na diferença. Este novo turista é socialmente empenhado e tem preocupações ecológicas. Consciente das questões de justiça social, procura serviços especializados é sensível às culturas locais. Mais independente e consciente, procura experiências autênticas e com significado. Prefere itinerários flexíveis e espontâneos. Procura experiências autênticas e com significado motivado por um desejo de auto-realização e aprendi-zagem, procura experiências desafiantes em termos físicos e mentais. Por isso, devemos lidar com este turista, estudando e conhecendo detalhadamente o seu perfil, comportamento e atitude. O eco-turismo como vector de desenvolvimento, sustentável, era uma boa aposta para Porto de Mós. O eco-turismo oferece-nos nova possibilidade de equilibradamente gerar benefícios financeiros. As áreas naturais de conservação só sobrevivem se a população local estiver satisfeita. A comunidade local tem de ser envolvida no projecto e obter benefícios directos o aparecimento de actividades de turismo activo, em zonas rurais e pouco desenvolvidas economicamente permite que sejam criados empregos e que seja gerado rendimento a nível local ou regional. Temos que vender um produto em que a embalagem não seja mais valorizada que o conteúdo. Nas últimas décadas o papel do desporto nas sociedades, quer nos países desenvolvidos como nos em vias de desenvolvimento, ganhou uma dimensão enorme. Inicialmente esteve ligado ao espectáculo, depois à formação da juventude, passando à prevenção e manutenção da saúde, atingindo agora um lugar de primazia na indústria do lazer mundial.
EDUARDO AMARAL

22.03 - OPINIÕES

O MUSEU

O Museu Municipal de Porto de Mós, também designado de Museu de História Natural, conta já com quase duas décadas de existência. É uma realidade incontornável que o actual espaço não reúne condições físicas para continuar a albergar uma estrutura à qual se possa chamar museu. Além disso, e sem qualquer demérito pela boa vontade e pelo empenho daqueles que conduziram os seus destinos desde a abertura ao público, a 29 de Junho de 1989, vai sendo hora de aceitar que se impõem método na inventariação das colecções, rigor científico na sua análise e classificação, dinamismo na captação de públicos, criatividade no discurso museológico… É tempo de assumir a evolução, sempre em profundo respeito pelo legítimo orgulho daqueles que se esforçaram por dar forma ao espaço de memória colectiva criado há duas décadas.Vem de longa data a intenção do Município de Porto de Mós de criar uma estrutura museológica municipal de maior expressão, quer na sua dimensão física quer na sua capacidade impulsionadora de dinamismo cultural. É relativamente unânime que essa nova estrutura deverá nascer na antiga Central Eléctrica do Couto Mineiro do Lena, às portas da vila. Mas só um projecto muito amadurecido quanto à construção e ao programa museológico do novo espaço poderá representar uma expressiva mais-valia para o contexto local e regional. Que designação para o novo museu? Que âmbito territorial deverá abranger? Que valências deverá compreender? Estas são algumas questões que devem ser colocadas a priori. Seria impensável desenvolver um projecto de recuperação do edifício sem a prévia definição do tipo de museu que se pretende construir e, acima de tudo, que é possível construir.O Museu de Porto de Mós poderá ser de "História Natural" das "Indústrias da Pedra e do Barro", das "Gentes" ou da "Comunidade Concelhia". Poderá assumir a forma de um simples museu local, de ecomuseu ou de museu de território. Só o rastreio prévio permitirá defini-lo.De forma muito esquemática, pode-se afirmar que a construção do novo museu deveria passar, numa primeira fase, por: Organizar, estudar e avaliar as colecções existentes; identificar as principais potencialidades de crescimento das colecções existentes e de incorporação de colecções novas que singularizem a região; identificar as potencialidades territoriais a explorar no contexto da actividade museológica; prognosticar o crescimento do próprio museu no prazo mínimo de uma a duas gerações.Numa segunda fase, os primeiros estudos permitirão: Definir o programa museológico mais adequado à plena valorização das potencialidades existentes e identificadas; definir as valências de base a incluir no museu; definir os recursos materiais e humanos necessários ao funcionamento eficaz da estrutura a criar.Numa terceira fase, segue-se a avaliação da viabilidade financeira e a decisão política de avançar para a fase de projecto.Por fim, tomada a decisão de construir o museu e considerando todos os elementos previamente identificados, terá chegado o momento de concretizar um projecto de arquitectura consonante com o museu pretendido e tangível.Só então saberemos qual dos rótulos será mais adequado: se o de museu municipal ou regional, de história natural ou da indústria, ou outro…Apesar de haver todo um trabalho de base a desenvolver, é perceptível que a construção de um novo museu pode ser uma oportunidade única para criar uma estrutura com capacidade de expansão ao longo de várias décadas, que contribua fortemente para a afirmação das peculiaridades regionais, muito além dos limites administrativos do concelho. Senão vejamos: Porto de Mós tem uma localização privilegiada para exploração dos mais diversos aspectos do Maciço Calcário Estremenho - do carso à circulação hídrica, do relevo à aridez das paisagens serranas; as indústrias extractivas são uma das expressões menos valorizadas do ponto de vista cultural e, no entanto, aquelas que assumem o maior peso económico - da exploração de calcários às industrial de barro, passando pelas já desaparecidas explorações de minas de carvão; as grandes rotas do turismo religioso ainda não tiveram motivo para valorizar Porto de Mós - talvez museu que assumisse querer ser mais do que um gabinete de curiosidades pudesse modificar este panorama.Em suma, e apesar do rastreio objectivo ainda não ter sido realizado, é manifesto que existem condições potenciais para criar um museu de território com um forte papel a desempenhar na afirmação de uma personalidade regional toldada por um modelo de crescimento que não tem compreendido a cultura e a memória como parte activa do processo de desenvolvimento.
JORGE FIGUEIREDO