domingo, 18 de janeiro de 2009

15.01 - TURISMO

uma ideia de turismo

O turismo, que se considera ser a quarta maior indústria do mundo, com um crescimento de nove por cento ao ano, deveria ser o sector escolhido por nós para apostar na economia do concelho. Contudo, para ser eficaz, é necessário que se encontrem formas de destacar o turismo local e de o diferenciar como marca, valorizando o que tem de melhor e que lhe é próprio, recorrendo, para tal, a imagens sofisticadas que permitissem ao indivíduo remetê-lo para algo simbólico, que possa perdurar no seu imaginário.A criação da identidade positiva de um local pode funcionar ainda como um catalisador da sua própria mudança, contribuindo desta forma para que se assuma como uma marca. Gerir a marca de um local implica a existência de competências variadas que têm que ser trabalhadas em conjunto, ao nível da política, da técnica e da gestão. Assim, um plano que contenha a marca de um local deve ser pensado e executado em conjunto com entidades públicas e privadas, como sejam, por exemplo, as empresas, organizações ligadas às artes, à educação, ao desporto ou aos media. É esta diversidade de participantes, constituída por pessoas com interesses e experiências tão diferentes, que vai contribuir para que se desenvolva entre eles uma abrangência de pontos de vista e, ao mesmo tempo, um sentimento de pertença e de orgulho à volta do interesse comum. O sucesso da criação da marca de um local está directamente ligado com identidades que não são inventadas, mas com as que se baseiam num estado de espírito e em factos que, na realidade, estão a acontecer. É, portanto, a própria identidade do local que condensa todas essas realidades, havendo depois lugar à promoção do local, através de uma multiplicidade de mensagens e não de um conjunto de eventos isolados.O grupo de trabalho que se deve constituir deve identificar-se, por isso, quer com a população a que pertence, quer com os públicos-alvo a que pretende dirigir-se. Deve desenvolver também consultas com os fazedores de opinião, os chamados opinion makers, a fim de identificar os pontos fracos e fortes do local, comparando-os depois com estudos de opinião internos e externos realizados. Após o desenvolvimento destas acções, surge a ideia-chave, isto é, o eixo sobre o qual se irá basear a marca, que deverá ser de tal forma credível, que as pessoas se sintam identificados com ele. O grupo de trabalho deve possuir capacidade suficiente para procurar influenciar as pessoas que, por sua vez, já exercem influência nos locais, tendo em conta que são estas pessoas que vão exercer influências noutras a formarem opiniões. Ao mesmo tempo, o grupo deve estabelecer elos de ligação entre as diversas organizações, privilegiando o marketing relacional que tem como mais-valia a fidelização.É relevante realçar que a criação de marcas locais têm todas por objectivo factos que se querem simples e diferenciadores, pelo que assumem um lado visionário e aspiracional, devendo socorrer-se quase sempre do emocional e do simbólico. Estes aspectos, devido ao seu carácter subjectivo, aplicam-se a várias situações e públicos.Importa salientar que o marketing tem também a capacidade de influenciar o mercado. Admitido que a marca é um suporte do negócio, conclui-se que ela possui também a capacidade para influenciar as trocas ocorridas entre o produtor e o consumidor, ao mesmo tempo que gera lucros, visibilidade e notoriedade. Em suma, gera valor.

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