domingo, 18 de janeiro de 2009

17.04 - A MARCA PORTO DE MÓS

imagem de marca

Há diferenças muito claras nos conceitos de imagem de marca e de identidade. De uma forma simplista e personalizando estes conceitos, pode afirmar-se que a identidade transmite informação a quem rodeia; a imagem, é algo mais complexo, pois está relacionada com a impressão que se causa. Estes conceitos aplicam-se quer às pessoas, quer às organizações, quer ainda às marcas. Assim, enquanto que a identidade é um conceito que pertence à organização e se relaciona com a emissão, ou seja, explicita a concepção da marca, o seu sentido e o seu projecto. A imagem pertence ao público e relaciona-se com o momento após a emissão, isto é, com a síntese que é feita pelo público de todos os sinais que são emitidos pela marca, tais como, nome, produtos, símbolos visuais, anúncios publicitários, patrocínios ou mecenatos. Tem, pois, um sentido descodificador, interpretador e simbólico para cada um. Lencastre considera a imagem o pilar da recepção, sendo que, este, é múltiplo, na medida em que quando a marca é emitida, é-o para vários públicos, o que vai levar a que cada um deles, cada segmento de público, leia uma imagem diferente. Torna-se importante referir a obsessão que existe, nos nossos dias, em torno da imagem que conduz, inevitavelmente, a que se privilegie o parecer em relação ao ser. Enquanto que a identidade se relaciona com o ser, a imagem está confinada ao parecer. Por este facto éfundamental dar-se primazia à identidade, pois é através dela que permite, na realidade, distinguir as marcas, os concorrentes, as comunicações e, assim, evitar o incrédulo e a rejeição. Neste contexto a imagem de marca de uma região só pode afirmar-se sendo e parecendo. Como a mulher de César, também aqui, não basta ser.

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