terça-feira, 20 de janeiro de 2009

10.02 - URBANISMO

modelo renovado

A urbe é um corpo com vida própria, em que cada uma das partes vive com e em função da outra. O modelo de administração local está a alterar-se profundamente. Começa a chegar ao fim o tempo em que a construção de um Pavilhão Multiusos ou a inauguração de umas rotundas resolvia o problema de uma gestão.Se ao nível das empresas já se chegou à conclusão de que, na era da Sociedade do Conhecimento, é preciso reorganizar e reequipar, também os municípios estão a descobrir, ainda sem a dinâmica necessária e desejável, que a evolução e a complexidade dos sistemas sociais modernos requerem outros caminhos e outras soluções.O ciclo que já se iniciou será feito, porventura, de realizações menos visíveis, mas nem por isso com menor influência no bem-estar da população. Assim, é necessário que as autarquias orientem uma parcela maior do seu investimento para a captação e fomento de projectos verdadeiramente indutores de desenvolvimento sustentado, medidas que valorizem o conhecimento, a cidadania, a inovação, que potenciem o desenvolvimento material e intelectual da sua comunidade, que fomentem o empreendedorismo e uma nova cultura política.Perante tal realidade, é escusado disfarçar. Com a evolução das novas tecnologias, a expansão urbanística, o aumento dos equipamentos públicos e do consumo colectivo, a própria globalização, que vem redefinindo de forma profunda o modo de intervenção cívica, e as funções dos diversos espaços económicos e sociais, procurar novos caminhos de desenvolvimento, mais sustentáveis e com maior protagonismo local, que respondam aos desafios do desemprego, da exclusão social, da desertificação populacional e da fuga da sua "massa criativa", é uma questão de pura sobrevivência.Quando analisamos os diversos "movimentos" que emergem da sociedade civil, resulta cada vez mais evidente a confirmação duma classe interventiva capaz de provocar dinâmicas diferenciadoras e sustentadoras de alguma esperança estratégica em relação ao futuro. É cada vez mais decisivo o papel que a sociedade civil pode ter na regulação das políticas públicas que têm a ver com o desenvolvimento sustentado das suas regiões.

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