sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

EDITORIAL

colunas do sucesso

Este trabalho pretende trazer um conjunto de contribuições que, além de abordar questões de grande actualidade remete-nos para a diversidade dos campos temáticos tratados em diferentes áreas a que pertence uma gestão autárquica.
Sabendo que a arte de previsão é difícil, especialmente do futuro, não visa a criação de percursos rígidos de evolução mas pretende antes erigir uma visão prospectiva, através da análise de tendências pesadas e de germens de mudança. A intervenção ao nível do planeamento estratégico visa, portanto, estabelecer um roteiro de desenvolvimento, antecipando trajectórias possíveis e desejáveis de futuro. A discussão dos futuros possíveis do concelho, num momento em que os fenómenos de globalização impõem a revisão de conceitos construídos nos dois últimos séculos, contribui para o debate actual sobre as representações de Porto de Mós nas suas mais diversificadas vertentes, o que nos leva a discutir a relação local/universo, a formação de representações do lugar e o seu papel na configuração de uma suposta identidade. Ao querer trilhar este caminho, o autor pretende trazer importantes elementos críticos para uma reflexão sobre conceitos e temáticas capazes poder atribuir um protagonismo ao concelho, na base da argumentação do chamado planeamento estratégico. Do ponto de vista da competitividade e da cidadania, pontos-chave de propostas actuais, estudei o desenvolvimento local. Além de investigar a base conceitual e as estratégias político discursivas do chamado desenvolvimento local endógeno, com olhar clínico para as principais fragilidades.
O concelho de Porto de Mós tem sido governado por gente com pouco conhecimento do mundo, que não tem tido a perspectiva do futuro, que tem respirado no curto prazo, pelo que tem avaliado necessariamnete mal as coisas. É, por isso, um território com fortes problemas estruturais de ajustamento a que interessa dar resposta eficaz e, nesse sentido, o planeamento estratégico assume-se como instrumento privilegiado para catalisar a bifurcação rumo a trajectórias de desenvolvimento sustentável e à descoberta e promoção do seu enorme potencial. Este estudo investiga também os limites e possibilidades da construção de políticas de desenvolvimento local com inclusão social e solidariedade. Pretende, assim, constituir um instrumento de apoio à decisão, criando mais racionalidade na análise e convergência no debate, como se de uma carta de desenvolvimento se tratasse
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MARCAS


UM POEMA


poema em linha recta

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenha calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu que tenho sido cómico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenha agachado,
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe . todos eles príncipes na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que, contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ò príncipes, meus irmãos,
Arre estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e erróneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos, mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

UM SÍMBOLO


01.01 - INTENÇÕES

primeiras palavras

Ao mergulhar no tempo fico com a impressão, tão mais viva quanto mais entro nele, de que, nesta terra que é a nossa, quase nunca nada foi feito com tempo. Os nossos gestores públicos apostaram sempre em brilharetes efémeros, em projectos descontinuados, pouco ou nada estratégicos. Tal procedimento tem sido obsessivo na ânsia de encontrar o filão do reconhecimento imediato, num rol de sucessivas transformações e fundamentações que os levaram a fabricar um produto desconsertado, híbrido, sem rumo. O novo gestor da causa e território públicos precisa, em absoluto, da história, não só por pisar territórios pré-existentes mas sobretudo por poder orientar o projecto de uma transformação que vive do tempo e no tempo. A verificação directa do tempo coisificado nos sucessivos extractos deveria, então, aproximar os muitos técnicos e saberes disponíveis dos decisores públicos, ao ponto de quase se confundirem. O domínio do concreto, das coisas, deveria aproximá-los, porque as coisas por nós hoje edificadas são uma camada mais nas sucessivas contemporaneidades precedentes. E aqui nasce a necessidade de, com todos, programar o futuro, assente num diagnóstico sério da situação existente. No espaço dos dois últimos séculos a história deste sítio acumulou, de facto, um cruzamento de muitas histórias, mostrando-nos não um mas vários contributos que se continuaram, sobrepuseram ou cruzaram, destruindo-se ou fragmentando-se, gerando residualidades, hesitações, firmezas, abusos, coisas grosseiras e algumas revelações fantásticas, fascinantes. Após o caminho que fiz pelas leituras históricas convocadas, pelos relatos e relatórios disponíveis, pelos governos que percorremos do despertar ao entardecer, se algo surge como comoventemente único é a capacidade de resistir e de sobreviver a tanta falta de rumo. Hoje por hoje, com tanta qualidade na informação disponível, capaz de um diagnóstico seguro, com tanta capacidade técnica à mão, seria indesculpável não agarrar o futuro na consciência plena de não querer construir Roma e Pavia num só dia. Neste contexto e num trabalho de vários anos aqui deixo uma maqueta de estudo, uma sebenta de riscos e rabiscos que, valendo o que valem, não deixam de ser o meu modesto contributo para que o sol da fortuna brilhe mais na minha terra, sem ter de continuar a ouvir falar de Óbidos ou Batalha que, tendo realidades bem diferentes da nossa, vão sendo apontadas como caminhos recomendados. Não vale mesmo a pena ir por aí... Mais do que extrapolar tendências e explorar cenários teóricos, pretende promover-se uma prospectiva contínua e interactiva, baseada na inteligência colectiva, capaz de identificar e experimentar novas soluções aos problemas vividos, apoiadas em dinâmicas já instaladas ou a instalar, definindo uma trajectória de desenvolvimento. Embora seja uma virtude aprender com os bons exemplos, têm de ser as nossas mãos e talento a pautar e rumo do nosso futuro. 
Somos tão ou mais capazes que os outros, basta fazer das nossas diferenças a nossa força, matando a desunião que tem cavado o nosso insucesso.
Sê tudo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes, como bem disse Ricardo Reis.

02.01 - UM DIAGNÓSTICO

pontos fracos

BAIXO DESENVOLVIMENTO CULTURAL E SOCIAL
DEFICIENTE COBERTURA DE REDES BÁSICAS
NENHUMA REFERÊNCIA DE PONTA
AUSÊNCIA DE UMA IDENTIDADE
EQUIPAMENTOS DISTRIBUÍDOS A RETALHO
TERRITÓRIO COM GESTÕES DESCONTINUADAS
MEDÍOCRE ÍNDICE DE CIDADANIA
RELAÇÕES EXTERNAS PRECÁRIAS

02.02 - UM DIAGNÓSTICO

pontos fortes

UM GRANDE LEQUE DE OPÇÕES DE CRESCIMENTO
A PRESENÇA DE UMA CONSCIÊNCIA MAIS AMBIENTAL
A EXISTÊNCIA DE GERAÇÕES NOVAS DE GRANDE POTENCIALIDADE
UM VASTO PATRIMÓNIO HISTÓRICO
A GENTE QUE SOMOS

02.03 - UM DIAGNÓSTICO

a gente que somos

A população do concelho cresceu um pouco entre 1991 e 2001, sinal de vitalidade, ao contrário do que aconteceu no país. Não existem alterações significativas nas freguesias. Alguns casos são no entanto de nota: Arrimal, Mendiga e Serro Ventoso trocaram população entre si e Pedreiras desceu um pouco, a que não será estranho a queda da actividade cerâmica. O caso de S. João e S. Pedro deve ser analisado em “bolo” e neste não há substancial diferença, uma vez que as grandes divergências têm antes a ver com o universo de abordagem e às confusões fronteiriças, não suficientemente explicadas nos relatórios dos censos apresentados. Para além disso é vital fazer-se um estudo desta manta de retalhos de culturas e de proveniências, que é a população do concelho, as várias serras, as várias vilas. Só com um estudo sociológico capaz se podem criar pacotes de conforto que mobilizem para a mudança.

03.01 - DESAFIOS

a inteligência do futuro

Logo que o homem entenda a relação entre pensamentos, emoção e memória será fácil implementar essas funções num qualquer software e, consequentemente, instalar esses programas em máquinas. No futuro, que não será distante, as máquinas ensinar-nos-ão a pensar - o sentir estará mais longe - e esse conhecimento mudará a nossa visão da humanidade e capacitar-nos-á à mudança de nós mesmos. Quando isso ocorrer, talvez seja possível transmitir sensações, impressões e emoções, através de um simples chip, entre duas ou mais pessoas. A única dificuldade é que ainda não existe uma teoria completa sobre a mente humana e os processos de raciocínio, já que a Ciência ainda não sabe como funcionam os sensores do cérebro que captam as emoções. A inteligência é algo de extremamente complexo, resultado de milhões de anos de evolução. Já a emoção é apenas uma forma diferente de pensar, de acordo com Marvin Minsky. Tudo isto pode evoluir à velocidade de um relâmpago e o mundo mudará como nunca.
EM 2040 A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL SERÁ MUITO MAIOR QUE A INTELIGÊNCIA BIOLÓGICA E AQUELA QUALQUER UM PODERÁ COMPRAR. BASTARÁ, PARA ISSO, TER DINHEIRO OU MUITO DINHEIRO… NESTE GRANDE PORMENOR ESTARÁ O MAIOR PROBLEMA. É URGENTE PREPARARMO-NOS PARA ESTE NOVO CAOS.

03.02 - DESAFIOS

o desenvolvimento sustentável

Numa definição muito simples podemos dizer que o desenvolvimento sustentável de uma região consiste na melhoria da qualidade de vida a curto prazo, sem comprometer a qualidade de vida a longo prazo. Pode ainda considerar-se que a sustentabilidade abrange três sectores distintos - o ambiental, o social e o económico. O desenvolvimento sustentável é então aquele que engloba, de uma forma holística, estes três vectores, tendo como condição primária de que todos os membros da sociedade possam determinar e atingir as suas necessidades, sem comprometer a possibilidade das gerações futuras poderem atingir as suas. Pressupõe-se que o ideal será a criação de medidas que resistam à passagem do tempo, adaptadas a diferentes necessidades, que permitam a continuidade da sua função, tendencialmente capazes de suportar usos diferentes, numa gestão racional de recursos. Discute-se cada vez mais a racionalização da energia e, por outro lado, o consumo desta aumenta na mesma proporção em que as condições de habitabilidade exigem uma climatização mais eficaz, aumentando o consumo dos recursos naturais. A busca de soluções inovadoras e de uma organização espacial nem sempre tem em mente a preocupação ambiental da racionalização de energia e do conforto dos utilizadores. A aplicação de princípios bioclimáticos e a utilização de energias renováveis são factores essenciais para a redução do consumo energético e das emissões de carbono. A aplicação de soluções deste tipo, nos edifícios ou nos equipamentos, deveria ser premiada pela autarquia, com incentivos do tipo de isenção de taxas e de redução do preço de alguns serviços, tais como redução nas taxas de recolha de lixo ou do consumo de água. As consequências dos efeitos do aquecimento global devem-nos fazer reflectir no nosso modo de vida. O meio envolve-nos permanente, influenciando todas as nossas actividades, tornando-se um factor extremamente importante e determinante para a qualidade das nossas vidas. É urgente que a nossa consciência se expanda para o espaço que nos rodeia.

03.03 - DESAFIOS

o desenvolvimento local

Competitividade e cidadania são tomadas como pressupostos na maioria das propostas de desenvolvimento local da actualidade. São presenças constantes na pauta das recomendações e nas directrizes básicas para financiamento de projectos de desenvolvimento. Por um lado, a competição entre regiões tem sido tomada como a principal ferramenta para atingir os objectivos de crescimento económico deste mundo globalizado. Esperava-se que a economia actual traria oportunidades semelhantes de desenvolvimento para as regiões, à medida que fossem obtendo sucesso na criação de economias de escala, sinergias económicas e ambiente empresarial favorável ao incremento de novos recursos materiais, sociais e culturais. Por outro lado, o local vem sendo levantado à principal escala na busca de convergência entre os objectivos económicos e de cidadania, incremento da participação popular e melhoria da qualidade de vida. Esperava-se que se as políticas de desenvolvimento locais fossem desenhadas e implementadas no plano local, com o processo decisório necessariamente perto dos cidadãos, na busca de maior justiça social e de maior qualidade de vida, mas nada disso aconteceu. O poder está cada vez mais centralizado e distante. A despeito das tentativas de conferir à visão acima explicitada a condição de consenso, vem ganhando corpo nos últimos anos uma leitura crítica que questiona a validade destes pressupostos, que indaga até que ponto competitividade e cidadania podem ser conciliados ou se não é apenas uma mera estratégia discursiva que visa adicionar charme participativo à abordagem competitiva. O que se vem vendo é que, para além da aparente conciliação ou oposição entre competitividade e cidadania, o que se encontra é um campo de conflitos no qual ambos estão presentes e do qual surge uma ampla gama de barreiras e limitações ao desenho e implementação de políticas de desenvolvimento locais. De entre as diversas estratégias propostas de desenvolvimento local que têm na competitividade e na cidadania palavras-chave, duas vem ganhando destaque crescente. São elas: o empreendedorismo local, cuja ênfase reside em gerar um caldo de cultura favorável à emergência de negócios inovadores, vestidos de nova roupagem, capazes de cimentar uma nova economia local, de uma base dinâmica e avançada. Tais estratégias serão o elemento central da elevação do local ao espaço preferencial.

03.04 - DESAFIOS

as quatro polaridades

Portugal, enquanto país administrativo, Leiria e Porto de Mós, têm concelhos e freguesias a mais, com autarquias mal alinhadas por perfis de interesses comuns. Mais tarde ou mais cedo será inevitável uma reestruturação, com um mais que inevitável emagrecimento em número. Porto de Mós pode e deve, desde já, preparar-se para isso. Bem estudadas as fusões, penso que a Porto de Mós bastariam quatro freguesias. Para polarizar junções, aconselháveis e necessárias, a curto prazo, parecem ser estes os quatro grandes grupos de interesses:

1 - S. João Baptista + S. Pedro
2 - Alcaria + Alqueidão da Serra + Alvados + Mira de Aire
3 - Arrimal + Mendiga + S. Bento + Serro Ventoso
4 - Calvaria de Cima + Juncal + Pedreiras

03.05 - DESAFIOS

grandes equipamentos

Alcaria + Alqueidão da Serra + Alvados + Mira de Aire
Aldeia Turística e Alcaria e sua qualificação para tal.
Criação de uma Escola Profissional no Alqueidão da Serra com vertentes ligadas à pedra e à cerâmica.
Espaço Desportivo de Ar Livre, em Alvados, ligados à aventura, com o aproveitamento das excelentes condições de desporto de rua, da pousada da juventude, dos equipamentos já existentes e da proximidade de grutas e centro hípico.
Parque Temático no Castelejo de Alvados com ligações arqueológicas.
Centro Empresarial em Mira de Aire ligado a novas tecnologias.

03.06 - DESAFIOS

grandes equipamentos

Arrimal + Mendiga + S. Bento + Serro Ventoso
Centro de Desportos no Arrimal menos ligado à aventura e mais ao lazer e contemplação.
Um Equipamento Escolar, de jardim-de-infância a pré-universitário, na Mendiga.Uma Escola de Artes e Ofícios em S. Bento virada para a preservação da nossa entidade etnográfica e para a garantia da memória de usos e costumes.
Um Resort Sénior, um espaço residencial assistido para seniores, em Serro Ventoso, multi-espacial, tipo aldeamento, formando um equipamento moderno e multifacetado, de enorme qualidade, que rejeite ser um armazém de velhos, aproveitando uma iniciativa local, já existente.

03.07 - DESAFIOS

grandes equipamentos

S. João Baptista + S. Pedro
Museu do Homem - um museu de cinco sentidos, com cinco vertentes, no espaço da Central Termoeléctrica em que proponho deixar a ruína como parte do museu, recuperando a memória industrial, e a construção de um novo equipamento mais facilmente sujeitável à regulamentação em vigor Existe um estudo prévio.
Parque dos Cientistas EcoMós - um espaço tecnológico para experiências de equipamentos e sistemas, de forte componente ambiental ou ligadas ao homem. O município cederia a infra estrutura base e facilitaria o alojamento em residência própria no planalto da Pragosa. Existe um ante projecto já avaliado.
Parque Verde - Espaço da margem sul do rio entre a Ponte Vidal Homem e a Valbom, que poderia chamar-se JARDIM DO SOL ou PARQUE VERDE D. DINIS, em que proponho um relvado despido de obstáculos verticais e com um grande espelho de água para fixação de visitantes em condições de bom tempo. Existe o projecto do Jardim do Sol que pode ser adaptado.
Escola de Artes e Centro de Oportunidades - espaço da antiga cadeia em que proponho o ensino qualificado e reconhecido de vários tipos de arte bem como a criação de vários balcões virtuais de oportunidades Já foi objecto de estudo, tenho projecto e a ideia já foi copiada em Modena - Itália com dois milhões e meio de visitantes virtuais ano e cem mil visitas físicas anuais


03.08 - DESAFIOS

grandes equipamentos

Calvaria de Cima + Juncal + Pedreiras

Aposta no Museu Militar e seu Centro de Interpretação na Calvaria de Cima. Existe um memorando estratégico.

Criação de uma Escola do Barro Vermelho, tipo Bordalo Pinheiro, e Espaço Museológico numa das unidades fabris de Moitalina.

Casa Calado - agrícola, do azulejo e da louça - no Juncal Candidatura, já sondada, de êxito absolutamente garantido.

Centro Empresarial nas Pedreiras ligado a indústrias com boa componente de mão-de-obra.

03.09 - DESAFIOS

vias de comunicação

A conclusão do IC9 vai trazer, a meu ver, vantagens e desvantagens, como quase todos as vias estruturantes. Retirará e escoará com maior facilidade os transportes de mercadorias dos centros urbanos, com vantagens conhecidas para este, mas facilitará também o trânsito de turistas entre o poliedro de ouro de seis lados, constituído por Óbidos, Nazaré, Leiria, Fátima, Batalha e Alcobaça, deixando Porto de Mós fora destas rotas. As polémicas variantes não contribuem para mudar este cenário e das duas soluções apresentadas não faz qualquer sentido a da serra dos Candeeiros, não só pelos motivos já apresentados, como pelo seu inconcebível impacto ambiental. Valeria a pena pensar nisto melhor.

03.10 - DESAFIOS

olhares - conselho superior consultivo e provedor do munícipe

No chão de uma reflexão segura pode concluir-se que grande parte da matéria pensante portomosense não passa pelos corredores do poder. Fruto do desencanto, muitos preferem estar à margem dos desígnios locais, que acabam por os influenciar também. No entanto seria boa a criação de um Conselho Superior Municipal, OLHARES, recrutados das várias áreas do conhecimento e de experiências igualmente variadas. Este conselho, como o seu nome indica, estaria à mão do poder para lhe conferir uma maior qualidade, num respeito profundo pela cidadania. Pena que isto se não possa fazer no seio da Assembleia Municipal que, de cromias políticas doentias, não tem manifestado qualidades suficientes para influenciar as grandes opções do poder. O conselho referido permitiria a existência de planos pluri-anuais para além de simples mandatos, na formatação de opiniões públicas mais abrangentes e concertadas, como se um fio condutor se tratasse.
De capital importância par fazer chegar o vulgar cidadão aos ouvidos do poder seria a criação de um PROVEDOR DO MUNÍCIPE que deveria ser uma personalidade de inquestionável distinção e de irrefutável valor para quem seriam canalizadas as mais duversas questões ou propostas dos municípes que as faria chegar, depois de analizadas, às instâncias competentes das estruturas directivas locais, com forte poder de persuasão.

03.11 - DESAFIOS

conservação do património

O património, tantas vezes riquíssimo, está quase sempre associado a critérios de gestão ultra conservadores e quase sempre votado ao abandono. Se cuidado poderia ser alavanca do brio e do orgulho das gentes de um determinado local. Muito se pode fazer com pouco. Basta cuidar, olhar por ele. Por aqui se propõe a criação de uma Equipa Técnica de Acompanhamento do Património Municipal, cultural, arquitectónico, natural que, com um olhar clínico e um suporte técnico adequado, possa conservar, estimar e promover os elevados valores que nos deixaram.

03.12 - DESAFIOS

banco de ideias e orçamentos participativos

A geração de boas ideias de negócio nem sempre está acompanhada da vontade, capacidade ou disponibilidade para as implementar. Uma das formas de colmatar esta lacuna seria a criação de um mecanismo que permitisse a exploração económica de boas ideias de negócio, ainda que concebidas por promotores pouco vocacionados para a sua dinamização prática. Assim, com a constituição do Banco de Ideias, que iria proporcionar a conjugação destes promotores com potenciais interessados, em dinamizar em termos financeiros ou de gestão, as ideias aí depositadas, pretende-se evitar o desperdício de boas ideias. Com a criação do BIPM, Banco de Ideias de Porto de Mós, pretende-se promover e facilitar o encontro entre aqueles que têm uma boa ideia de negócio mas não têm disponibilidade financeira ou de tempo para a sua implementação, garantindo a confidencialidade de todo o processo, bem como o anonimato dos promotores, se reclamado.

Dois exemplos:  
01 - Estudar e promover, em conjunto com a comunidade académica disponível de todo o mundo, a criação de uma plataforma cibernética, remunerada, que filtre e valide e classifique todos os conteúdos da internet, um negócio tão grande ou maior que do próprio gigante Google.
02 - Incentivar os munícipes a proporem ideias para obras ou actividades municipais, em qualquer área dos patrimónios concelhios, materiais ou imateriais, existentes ou a criar. Tais propostas poderiam ser apresentadas em qualquer formato ou suporte comunicativo, na mais perfeita ousadia criativa. Depois de recolhidas, estas candidaturas seriam sujeitas a escrutínio público, a validar fora do círculo da gestão interna, concretizadas nas mais variadas plataformas comunicacionais, apenas sujeitas a um valor de investimento anualmente determinado pelo executivo municipal. Todas as propostas concorrentes ficariam em carteira para memória, recriação ou implementação futuras.

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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

04.01 - SAÚDE

assistência médica

Tenho uma opinião pouco fundamentada nesta matéria, melhor seria nada escrever sobre isto, dirão muitos dos poucos que me lerem, mas penso que a rede de cuidados médicos deveria ser, como muitos defendem, uma estrutura piramidal. A saúde ou melhor, a falta dela, é sempre mais importante que tudo o resto, daí o seu apelo. No entanto defendo maior concentração de meios em menos espaços. Parece-me que um centro de assistência médica em cada um dos quatro núcleos de freguesias proposto, seria mais que suficiente, equipados com técnicos de saúde de várias especialidades. Faz bem ler, a este propósito, o Plano Estratégico para os Cuidados de Saúde Primários. De lá retirei o texto que se segue, com o qual plenamente concordo.

Os novos desafios na área da saúde, fruto de novos estilos de vida e hábitos comportamentais, bem como as novas exigências dos cidadãos, por uma maior consciência dos seus direitos, implicam uma diversificação dos Cuidados de Saúde Primários, tanto ao nível da prestação de cuidados de saúde como na forma de acessibilidade a essa mesma prestação.

Assim, impõe-se nos Cuidados de Saúde Primários o aprofundamento de uma cultura de análise prospectiva das necessidades, a médio e longo prazo, em cuidados de saúde das populações servidas pelos Agrupamentos de Centros de Saúde, tendo em vista a concepção e promoção de “novos” produtos e serviços. É também necessário promover o desenvolvimento de competências, tendo em vista o alargamento, o enriquecimento e o rejuvenescimento das carteiras básica e adicional de serviços, com novos serviços e cuidados de saúde, que resultem da integração de abordagens multidisciplinares e da aposta em soluções com vocação preventiva e curativa, mas especialmente focalizadas na modificação de comportamentos de risco e na aprendizagem e disseminação de práticas promotoras da autonomia dos cidadãos e combate às exclusões.

Um dos sintomas do mau funcionamento dos centros de saúde, muito referido, é a sensação que o médico de família tem de estar afogado em burocracias, sentindo-se, muitas vezes, impotente para se libertar do cerco de actos não clínicos. Por outro lado, é reconhecido, desde há muito, que uma das falhas mais óbvias do Serviço Nacional de Saúde tem sido a incapacidade de abolir as barreiras de índole variada, que são colocadas à circulação do cidadão entre os cuidados de saúde primários e os cuidados hospitalares.


Unidades de Saúde Familiar de Porto de Mós:
USF1 Juncal: 5 médicos, 5 enfermeiros e 4 administrativos.
USF2 P, Mós: 4 médicos, 4 enfermeiros e 4 administrativos.
USF3 M. Aire: 3 médicos, 3 enfermeiros e 3 administrativos.
USF4 S. Ventoso: 3 médicos, 3 enfermeiros e 3 administrativos.

05.01 - EDUCAÇÃO

concentração escolar

Sou um convicto defensor da concentração escolar e da construção planeada de centros educativos de referência, que proporcionem os recursos em falta nas escolas de pequena dimensão e mesmo em algumas maiores. Se reforçarmos dizendo que estamos a falar de uma poupança de recursos materiais, físicos e, principalmente, humanos, percebemos que acontecerá uma resistência forte. Mas o grande mérito desta transformação é o ganho pedagógico e a fantástica oportunidade das crianças dos lugares mais pequenos e meios mais periféricos terem acesso às estruturas fundamentais nas escolas do século vinte e um, a biblioteca, o espaço internet, o pavilhão desportivo, o refeitório, bancos de ensaio. A criação de um Passaporte do Estudante poderia ajudar na disponibilização de espaços académicos e culturais e no incentivo e controlo na sua utilização, no conforto cientifico académico das entidades a envolver, que serão muitas. A organização dos próprios agrupamentos de escolas sofrerá um forte incentivo facilitador e esta transformação só pode acrescentar qualidade ao ensino. Os investimentos efectuados entre 2001 e 2009 em muitas escolas, do meu ponto de vista, não serão perdidos. As escolas são património municipal e todos já percebemos que aqueles espaços servirão, futuramente, outros fins de relevo, entre os quais se destacam os das colectividades ou entidades interessadas em estudar ou promover a marca Porto de Mós. Significa isto que se encontrarão, ali, espaços melhorados, em boas condições e, por isso, sem encargos de vulto para os novos utilizadores. Esperam-se projectos úteis e novidades no movimento associativo do concelho, na promoção ou na investigação, em que esta "revolução" possa significar uma realidade inteiramente nova. Mas, do ponto de vista educativo, devem esperar-se, também, mais alterações. A curto prazo muitas outras escolas encerrarão, a Carta Educativa, numa solução corajosa, assim o exige. A carta educativa lembra-nos, por outro lado, uma realidade sombria na evolução demográfica do município e, em particular, das freguesias a nascente, pelo que será altamente recomendável planear uma serena e útil concentração escolar, dando tempo para a mudança e criando incentivos que a premeie. De resto, uma organização escolar melhorada e uma adequada rede de transportes só podem ser factores de atracção de pessoas. Na minha perspectiva, não faltará muito tempo, também, para que uma vaga de gente comece a encontrar em centros maiores, mais concentrados e calculados, uma localização descansada, natural e bem servida de bens básicos, para morar junto à serra. É interessante perceber como a evolução em caminha o município tem peso na reorganização escolar e é bom entender que essa é a forma correcta de fazer planeamento e, principalmente, planeamento consequente. É bom ver que essa transformação, necessariamente acompanhada de outras medidas, cujo enunciado não cabe neste documento, se pode processar sem grandes clivagens, mas de modo firme.

05.02 - EDUCAÇÃO

matemática, minderico e música

Na cultura está o grande desafio do futuro. Uma sociedade mais culta terá muito mais qualidade de vida. Para além da criação de uma academia de matemática "Matemática é Fixe" para, de uma forma ligeira e apelativa, melhorar o desempenho escolar dos alunos do concelho nesta disciplina. A par da meritosa medida de ensinar o inglês nos primeiros ciclos, proponho a introdução de mais duas disciplinas: a de música, a única coisa do planeta que não conhece fronteiras, em toda vida escolar obrigatória obrigatória, ou uma disciplina ligada às artes ou aos trabalhos manuais, e uma actividade desportiva, no mesmo sistema que funciona o actual inglês. Para além disto é urgente preservar o Minderico, também conhecido por Calão Mirense, fazer-nos sair do marasmo cultural e potenciariam o aparecimento de novos talentos.
E, ainda, TRAZER A ESCOLA PARA A RUA, misturando-a com os tecidos empresariais e com as organizações culturais ou desportivas.



INOVAÇÃO
laboratórios de ideias, oficinas itenerantes 
fábrica da criatividade

Porto de Mós poderia ser um excelente laboratório, com ferramentas para trabalhar uma nova identidade, que vai caracterizar a educação do futuro. Pretende-se aumentar a qualidade de vida das nossas famílias e alunos, pela concretização de acções que ensinam a ver, ouvir, sentir e ser, na construção de uma identidade educativa, social, familiar, local e cultural. Os estabelecimentos de ensino assumir-se-iam, assim, com uma identidade própria, como um território criativo, adaptando uma filosofia de trabalho que cativa, estimula e eleva o grau de exigência de educadores, professores, das crianças, dos alunos, dos animadores educativos, dos auxiliares e das famílias.

Por forma a concertar os projectos desenvolvidos no serviço de educação do Município de Porto de Mós, num modelo de intervenção que evidencia o papel da Criatividade no processo ensino-aprendizagem e que procura reflectir sobre a relação entre Educação e Arte, cabe bem uma Fábrica da Criatividade. Pretende sensibilizar e motivar os diferentes públicos para as temáticas da leitura, da ilustração, do design, da arte, do ambiente, da história, da escultura, da pintura, da imagem, do sonho... integrar momentos de partilha de conhecimentos e experiências, que estimulem o desenvolvimento da comunicação visual, integrando os diversos actores educativos nos processos criativos na educação.
A Fábrica da Criatividade poderia gerar um conjunto de iniciativas, com vista à promoção da criatividade, em duas zonas distintas:


  •    Na Escola, através da criação de projectos-acção, com intervenção directa de alunos, professores, animadores e famílias. 
  •    Na Comunidade com o desenvolvimento de um programa integrado de actividades lúdicas, artísticas e culturais, maioritariamente de itinerância dirigidas a crianças, jovens, adultos e famílias.

06.01 - CULTURA

cultura e desenvolvimento

Novos Desafios: A cultura como estratégia para o desenvolvimento.
Cada vez mais, as políticas públicas na área da cultura adquirem papel fundamental para a formação e sucesso de uma região. Espaço privilegiado para a construção da cidadania e da inclusão social. A acção cultural deve sempre ir além das necessidades imediatas do poder político e da eterna insuficiência de recursos financeiros.Neste sentido, os mecanismos de financiamento à cultura podem contribuir, de forma essencial, para a realização de projectos capazes de fomentar e estimular o desenvolvimento cultural, turístico e económico de um concelho, bem como promover a inclusão social através da formação cultural, do desempenho profissional, da criação de empregos e de riqueza. O trinómio cultura/lazer/economia deve assim ocupar um papel importante na difícil tarefa da superação das desigualdades sociais. Neste quadro pouco promissor, a cultura, a economia e o lazer impõem-se como ferramentas para a melhoria das condições de vida. Para o gestor público surge então a imperiosa necessidade de pensar o concelho em todos os seus aspectos concretos e simbólicos, económicos e sociais; exigindo de sua actuação, não apenas a habilidade técnica e política, para promover acções integradas e transversais, como também o conhecimento de novas metodologias derivadas das ciências económicas, indispensáveis para uma melhor gestão de recursos e para um estudo mais detalhado de cada segmento cultural. Dentro deste contexto, ficam as seguintes perguntas: Quais os paradigmas que balizam as actuais políticas públicas de cultura em Porto de Mós? Qual a eficácia e a eficiência dos projectos e acções realizadas? Que indicadores culturais satisfeitos? De que forma as políticas públicas de cultura poderiam contribuir para o desenvolvimento do concelho e da região? Que parcerias existem, ou em estudo, com entidades culturais para distribuição ou troca de bens e produtos culturais? Que visibilidade se tem dado à nossa marca? É tempo de dar os primeiros passos para a implantação de políticas culturais voltadas para o desenvolvimento, seja através do incremento ao turismo, da formação cultural e profissional e, mais recentemente, no incentivo as chamadas indústrias criativas. Que fazer da nossa história marcante, do nosso espectacular património natural, da nossa criatividade? Porque não a criação de capitais da cultura de âmbito regional?

06.02 - CULTURA

bienal de artistas

Por forma a promover Porto de Mós, no seu contexto sócio cultural, propõe-se esta Bienal de Artistas que passaria pelo convite a cinco artistas de nomeada, verdadeiras estrelas, das áreas de pintura/escultura, cinema/teatro, literatura, arquitectura e canto, a passarem uma semana, remunerada, no concelho de Porto da Mós, com eventuais patrocínios, com a obrigação de criarem qualquer coisa na área da sua arte, editável, sobre Porto de Mós, sua história ou suas gentes. A promoção deste evento, de baixos custos, traria enormes vantagens ao bom nome de Porto de Mós. Durante a semana desta bienal poder-se-ia promover uma iniciativa do tipo "ENTRE COPOS" que levaria as mais diversas expressões artísticas aos mais diversos estabelecimentos comerciais, de portomosenses para portomosenses, como se de uma invasão se tratasse.

'Por altura deste evento poder-se-ia editar uma colectânea municipal de textos, avaliados criteriosamente por júri qualificado, que poderia receber o nome de "DISPERSOS" capaz de trazer ao público as mais variadas criações literárias dos mais variados municipes, alvo de selecção criteriosa, em espaços bi-anuais, que assim veriam registados e perpectuados os seus trabalhos. Esta edição de dois em dois anos seria um enorme contributo para a cultura portomosense e uma grande pesquisa de talentos.


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bienal de semana da pedra

À semelhança do que já aconteceu no passado, promovido pelo PNSAC, este evento mereceria uma edição em bienal, num simpósio de arte escultórica, reservado a novos talentos mundiais, criteriosamente seleccionados. A seu tempo o talento afirmaria o evento e com ele o nome de Porto de Mós correria o mundo artístico. O município ao ficar com as peças enriqueceria de uma forma absolutamente espantosa e gratuita o seu património artístico. Não parece difícil associar a esta realização a competência científico-artística de uma escola superior de artes, que validaria todo o processo.

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06.03 - CULTURA

ciba - centro interpretação batalha aljubarrota

Desde que em 2002 se iniciou o processo de recuperação e valorização do Campo Militar de São Jorge, a Fundação Batalha de Aljubarrota verificou que o elemento decisivo para o sucesso da salvaguarda deste património era a criação de um Centro de Interpretação que apresentasse a Batalha de Aljubarrota ao público de uma forma rigorosa, instrutiva e cativante. Foi assim possível, através do diálogo com os Ministérios da Cultura e da Defesa Nacional, transformar o antigo Museu Militar no Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, CIBA. Um projecto inovador que, tirando partido das novas tecnologias, relança este conjunto patrimonial e a vivência que podemos ter dele. A construção do Centro de Interpretação iniciou-se em Julho de 2005, tendo ficado concluída em Novembro de 2006. Posteriormente, em 2007 e 2008, foram instalados os equipamentos dos conteúdos de multimédia. Todos os espaços exteriores da envolvente do Centro de Interpretação e da área do terreiro da batalha, visitável, foram alvo de um projecto de arquitectura paisagista. Este projecto recuperou o espaço, permitindo uma leitura do que seria a mesma à data da Batalha Real, dita de Aljubarrota, mas também, proporcionar aos visitantes as condições necessárias para o fazerem de forma prática e confortável. O edifício do CIBA está dividido em três núcleos principais:

O Núcleo 1 - Espaço e Tempo da Batalha - dedicado às descobertas arqueológicas no campo da Batalha e à contextualização histórica do período onde se inscreve a Batalha de Aljubarrota proporcionando, ao visitante, uma orientação geral do percurso que irá efectuar. Neste primeiro núcleo o visitante irá confrontar-se com o Fosso Arqueológico, a única estrutura do campo da batalha que foi musealizada, e que permite ao visitante o primeiro contacto com o tipo de vestígios arqueológicos disseminados pelo campo. O Fosso Arqueológico integra o conjunto de defesas acessórias que se empreenderam visando o momento da batalha. Delas fazem parte um conjunto delato de fortificações como fossos, covas do lobo e abatizes.

O Núcleo 2 - A Batalha Real - consiste no espectáculo que é o ponto alto da visita do CIBA. Este espectáculo descreverá com rigor e grande qualidade, factos históricos relevantes, mas em muitos casos desconhecidos pelo grande público. A Batalha de Aljubarrota é aqui representada num espectáculo inédito onde se conjugam filme, imagens, som, luzes e efeitos especiais, produzidos numa escala monumental. Neste núcleo existem meios de multimédia até agora não utilizados em Portugal. A sala associada a este núcleo dispõe de capacidade para 90 pessoas, incluindo público com necessidades especiais, que poderão assistir á apresentação em três línguas diferentes, Português, Inglês e Castelhano, com recurso a audioguias.

O Núcleo 3 - Factos e Ficções da História - apresenta e descreve factos associados à Batalha de Aljubarrota e à sua época. Consiste numa exposição depois do espectáculo, onde se ajuda o publico a interpretar factos históricos relevantes, como as armas utilizadas, os ossos de combatentes que morreram na batalha, as tácticas militares utilizadas, as características dos combatentes e a actuação dos protagonistas. A Fundação da Batalha de Aljubarrota espera, a curto prazo, atingir os 100.000 visitantes por ano, para confirmar o CIBA como o melhor museu europeu da área cultural. É um potencial que merece a nossa inteira disponibilidade e preparação para bem receber todos estes visitantes e aproveitar esse enorme potencial para protagonizar o nosso concelho.
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06.04 - CULTURA

5 espaços culturais em 5 sentidos, num só corpo

Desde os chamados gabinetes de curiosidades renascentistas, a essência da história natural foi-se consolidando com o nascimento do museu e com o desenvolvimento dos de História Natural. Essa consolidação afirmou-se em práticas como: viagens de exploração, trabalhos de campo, classificação de colecções, catálogos de divulgação científica, actividades educativas e exposições. A presente abordagem pretende ressaltar a importância das instituições museológicas para os estudos da Paleontologia, pois os museus de História Natural exerceram um papel pioneiro na institucionalização de certas áreas de conhecimento como a Paleontologia, Antropologia e Fisiologia Experimental. Além disso, estes estudos no âmbito dos museus colaboraram tanto na especialização e modernização dos mesmos quanto no aparecimento da "new museum idea". Segundo este novo conceito o museu é um espaço divulgador da educação científica em diversas áreas, representado como um objecto que reflecte a identidade da sociedade sem uma ligação obrigatória a construções físicas. Entretanto, os nossos museus, e o nosso em especial, têm-se mostrado bastante antiquados, com problemas que vão desde a obtenção e manutenção do acervo até a realização de exposições temporárias ou permanentes. Quando analisamos as instituições de história natural percebemos que estas não têm conseguido acompanhar a nova concepção museológica e as mudanças da era digital, como as norte americanas ou de muitos países europeus. Apesar das diversas dificuldades existentes desde o nascimento do Museu como Instituição no século XVIII e o consequente desenvolvimento contemporâneo da Museologia e Paleontologia como Ciência, os museus contribuíram para a consolidação e institucionalização de ambas, auxiliando na difusão do conhecimento científico.Desde a pré-história, o ser humano, com seu instinto de posse, tem o costume de reunir ao seu redor objectos agrupados em determinada ordem, carregados de determinados valores. Alguns cientistas salientam que o interesse pelo antigo vem desde as primeiras culturas. É desta prática "coleccionista" que nasce o museu. Hoje o espaço museológico tem de ser vivo, metediço, e não mais um armazém morto de peças. A memória tem de estar ao alcance de todos os sentidos. Por isso este M5 - VIA HOMINIS é para ouvir, provar, tocar, cheirar e ver !

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06.05 - CULTURA



m5 | via hominis
conceito do projecto


A origem da palavra "museu" vem da Grécia antiga, "mouseion" ou casa das musas. Segundo a mitologia grega, as musas eram filhas de Zeus e de Mnemosine, divindade da memória. Suano, em 1986, escreveu que as musas eram consideradas "donas da memória absoluta, imaginação criativa e presciente, logo o "mouseion" era então esse local privilegiado, onde a mente repousava e onde o pensamento profundo e criativo, liberto dos problemas e aflições do quotidiano, poderia dedicar-se às artes e às ciências".


arte molhada
conceito do projecto


Para cultivar a arte na família, que tal uma mediateca, com várias vertentes, onde crianças e adultos se pudessem cruzar e onde qualquer morador ou turista pudesse requisitar um livro ou um jogo, com uma praça interior com wi-fi e ecrã gigante, numa espécie de centro de artes com uma piscina aquecida, tipo SPA, lá dentro. Diversão plurigeracional, em ambiente artístico, com manifestações ao vivo, desde a declamação de poesia, ao teatro e à pintura ou escultura. Tudo ao vivo tudo orgânico, tudo tocável.